
Num
futuro próximo onde os mutantes estão praticamente extintos, um envelhecido
Logan vive escondido com um demente Charles Xavier na fronteira mexicana. Porém,
quando uma jovem mutante aparece e precisa de ajuda para fugir dos seus
perseguidores, Wolverine volta a entrar em ação.
Estão a
ver o nível de brutalidade de “Deadpool”? Bem, aqui é igual só que, em vez de
termos o tom cómico e satírico, reina o outro lado do espetro, com um drama ao
estilo western. Mais uma jornada pessoal, ao estilo do recente “Hell or High
Water – Custe o que custar!”, onde temos um velho e cansado Logan em que a
última coisa que quer fazer é meter-se numa luta (não que isso não impeça a
grande abertura do filme).
Hugh
Jackman volta a pegar nesta personagem (pela última vez, supostamente) naquela
que é uma despedida merecida e em grande estilo. Wolverine já não anda por aqui
a salvar um mundo desprovido de mutantes, mas sim a tomar conta do demente
Professor Charles Xavier que, sendo o telepata mais poderoso do mundo, é uma
grande dor de cabeça (literalmente!). Chega mesmo a ser considerado pelas
autoridades como uma arma de destruição maciça. Mas, quando a jovem Laura (uma
mutante com os mesmos poderes de Logan) aparece e precisa da ajuda do duo pra
se salvar, o nosso protagonista vai ter de voltar a mostrar as garras.
E essas
garras aqui conseguem ter o seu merecido protagonismo, ao, finalmente, entrar
em cabeças, cortar membros e despedaçar toda a gente que se meter no caminho.
Finalmente, aparece o sangue que é esperado neste tipo de arma, o que o torna,
ao lado de “Deadpool”, do filme mais “agressivo” da saga X-Men até agora. A par
do enredo do anti-heroi negro e vermelho, aqui também temos poucas referências
à equipa de mutantes. O filme serve mais como uma história à parte, com o alvo
da atenção a ser a relação entre Logan e Charles, com o peso da idade.
E, esta
relação, que começou com o primeiro “X-Men” em 2000, atingiu um novo nível de
familiaridade, com nenhuma dos dois a saber já qual o seu propósito e se, o que
estão a fazer, vale a pena. Jackman e Patrick Stewart nunca estiveram melhor e
aqui têm bastante mais com que trabalhar em relação aos filmes anteriores.
Mesmo ver a personalidade da jovem Dafne Keen evoluir ao logo do filme é algo
compensador principalmente a sua relação com Logan.
O
primeiro filme a solo de Wolverine pode ter começado muito mal, mas conseguiu
fechar com chave de ouro.
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