Muitos prémios já ganhou o filme
e o elenco de “O Caso Spotlight”. Por isso, pode-se dizer que havia alguma
expetativa quando fui ver o filme. Só que, infelizmente, essas expetativas não
foram cumpridas, principalmente se tivermos em conta que estamos perante um
sério candidato para levar o Óscar de melhor filme.
Em 2001, os jornalistas da seção
Spotlight do jornal Boston Globe leva a cabo uma investigação sobre o abuso de menores
por parte dos padres. E aquilo que descobriram não era nada daquilo que estavam
à espera.
Para mim, o filme ficou-se pelo
razoável. O tema em causa até é interessante e o modo como a investigação é
feita consegue ser minimamente cativante. Só que não existe nenhuma sensação de
urgência nem de perigo. Há muitas ameaças de que algo pode acontecer mas acabam
por não se concretizar. Toda a sensação de urgência que temos deve-se em muito
à banda-sonora e não aquilo que está de facto a acontecer. Onde o facto mais
interessante é o “pequeno” pormenor de toda uma comunidade saber o que está a
acontecer e mesmo assim ignorar e não fazer nada.
O elenco está cheio de gente
talentosa e que consegue grandes interpretações, só que desta vez não conseguiu
brilhar. Michael Keaton, que parece ter feito o seu regresso, e Mark Ruffalo
são aqueles que se conseguem destacar mais, mas não de modo brilhante. Rachael
McAdams, Liev Schreiber, John Slattery e Brian d`Arcy James ficam-se apenas por
desempenhos amenos e sem grande entusiasmo.
Um filme que, na minha humilde
opinião, não merece toda a atenção que está a ter, não passando de um filme
razoável que provavelmente não vai ficar na memória durante muito tempo.
Na minha, vai. :)
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