“Deadpool”
só chegou agora aos nossos cinemas mas a sua história cinematográfica já é
longa. Começou com aquela desgraça que foi “X-Men Origins – Wolverine”, onde a
personagem foi interpretada por Ryan Reynolds e foi muito mal tratada. No
entanto, Reynolds não desistiu de trazer a verdadeira versão ao grande ecrã. E,
finalmente, depois de uma das melhores campanhas de marketing de sempre, vamos
ver se a espera valeu a pena.
O
mercenário com grande sentido de humor de seu nome Wade Wilson submete-se a uma
operação experimental, na esperança de conseguir curar o seu cancro. Só que,
não só se conseguiu se livrar do cancro, como ganhou incríveis capacidades
regenerativas, sendo o contra o de ter ficado desfigurado. Wilson vai partir
numa “jornada” para se vingar daqueles que o puseram neste estado.
Para
aqueles que conhecem a personagem podem ficar descansados pois, tudo aquilo que
Deadpool é, está incrivelmente bem traduzido no filme. As piadas, a ação e o
furar da 4º parede. E, mesmo que tenha sido a primeira vez que ouviu falar
desta personagem da Marvel, se gostar de grandes doses de ação e comédia, vai
ficar extremamente satisfeito. E nada de levar os mais novos para ver o filme
porque vão ver muito sangue e decapitações e muitas das piadas vão-lhes passar
completamente ao lado.
Este
filme não podia ter chegado em melhor altura. Estamos no ano em que vão ser
lançados mais filmes de super-heróis e, começar o ano com este, foi muito
satisfatório. Isto porque foi um tipo de filme diferente, da mesma maneira que
“Capitão América – O Soldado de Inverno” teve semelhanças com os filmes de
espiões dos anos 70 e “Guardiões da Galáxia” foi uma aventura espacial com
personagens que nunca pensávamos ver no ecrã e funcionarem. Desta vez, o mundo
não está em perigo de rebentar nem de ser conquistado, “Deadpool” tem uma
escala mais reduzida, sendo mais uma história de vingança e romance (a redução
de escala também se deve aos limites de orçamento mas era mesmo isso que este
filme precisava).
Não é
Ryan Reynolds a interpretar Deadpool, mas sim Deadpool que interpreta Ryan
Reynolds, tal é o modo como o ator mergulha na personagem e é o seu maior
defensor. Tendo feito de tudo para que este filme chegue as salas de cinema da
maneira correta e participando em todo o tipo de marketing possível e
imaginário. E teve de chegar este filme para que Colossus tivesse mais tempo de
ecrã e de alguma qualidade, podendo descobrir mais a sua personalidade e a
utilização dos seus poderes. Negasonic Teenage Warhead foi uma boa surpresa e
também trouxe situações hilariantes. O vilão interpretado por Ed Skrein não é
nada de especial, não se sabem as suas motivações nem o que está para lá a
fazer, mas consegue ter umas boas cenas de ação (o principal foco do filme
também não é ele). T. J. Miller, que tanto pode ser hilariante como muito
irritante, saiu-se muito bem desta vez. E o romance com Morena Baccarin está
muito bem conseguindo, embora dê a sensação que muito do seu papel foi cortado.
Uma
lufada de ar fresco para o género de super-heróis. Este era um filme com
incríveis expectativas e conseguiram ser todas cumpridas.
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