Passaram-se
trinta anos desde o fim do Império e agora a Primeira Ordem tenta controlar
toda a galáxia. Só um pequeno grupo de heróis a pode parar, com a ajuda da
Resistência.
O
realizador J. J. Abrams tinha a difícil tarefa de trazer “Star Wars” para os
tempos modernos, agradar aos fãs antigos, ganhar uns novos e dizer-nos o que se
passou nestes trinta anos que estivemos afastados da galáxia. E, felizmente,
tudo correu pelo melhor. É verdade que, às vezes, falta alguma informação sobre
a história de fundo mas também são trinta anos que temos que acompanhar - é
para isso que também servem os próximos filmes. Também se tem dito que “O Despertar
da Força” é quase como uma cópia de “Star Wars – Episódio IV: Uma Nova
Esperança”, o que não é totalmente correto. É certo que tem alguns pontos
semelhantes mas, mesmo assim, esta nova sequela consegue destacar-se por ela
própria.
E que
tal o novo casting? Os novos protagonistas são praticamente todos
desconhecidos. Temos Daisy Ridley, John Boyega, Adam Driver e Oscar Isaac (bem, Adam Driver e Oscar Issac não são propriamente
desconhecidos mas, mesmo assim, não são nomes imediatamente reconhecidos). E,
felizmente, todas estas adições foram bem-executadas e só fizeram bem ao filme.
Kylo Ren (a personagem interpretada por Adam Driver) podia ter-se facilmente
tornado num Darth Vader mais novo e parolo, no entanto consegue ter uma
personalidade e não é um vilão que apenas joga pelo mal. E Daisy Ridley, sendo
a primeira vez que a vejo em algo, entregou uma grande prestação; é, sem dúvida,
uma heroína que vai valer a pena seguir nos próximos filmes.
Também temos o regresso de velhos conhecidos, como
Harrison Ford, Carrie Fisher e Mark Hamill. E a qualidade dos seus desempenhos
é por esta ordem. Ford conseguiu trazer de novo Han Solo para o grande ecrã,
que nos remete imediatamente para o seu desempenho da personagem nos primeiros
filmes desta saga. Carrie Fisher não foi nada de espetacular. Talvez por não
entrar em filmes tão frequentemente a sua interpretação não conseguiu trazer
nada de interessante. E não quero estragar o que Hamill fez para quem ainda não
viu o filme, por isso, apenas digo que podia ter aparecido mais.
A
mistura dos efeitos práticos com os digitais também tiveram um grande
tratamento, sendo difícil distinguir entre o de facto está lá e o que foi
criado. As batalhas de sabres de luz conseguem ser um intermédio entre as
batalhas coreografadas das prequelas e as mais paradas da trilogia original.
Algumas
perguntas que tínhamos sobre o filme foram respondidas mas muitas mais foram
colocadas. Este foi um grande “Star Wars” por onde começar de novo.

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