E
chega-nos a entrega de Steven Spielberg de 2015. E, como
não podia deixar de ser, é mais um grande filme, de novo numa colaboração com
Tom Hanks. Mas será que ainda há espaço para o talentoso cineasta nos nossos
cinemas?
Em
plena Guerra Fria, um advogado americano é recrutado para defender os direitos
de um espião soviético. Depois disso vai ter de ajudar a CIA a facilitar uma
troca desse mesmo espião, por um americano que está em mãos soviéticas.
Desta vez parece que tivemos direito a dois
filmes, em vez de um. O primeiro é mais um drama de tribunal, onde temos o
protagonista a tentar proteger a todo o custo o seu cliente, embora não tenha o
apoio de ninguém. O segundo é uma viagem por Berlin onde temos uma troca de
prisioneiros. Os dois são interessantes, mas não são nada de extraordinário. A história
não puxa muito por quem está a ver e não há bem uma noção dos riscos caso tudo
corra mal.
É
verdade que estamos perante um filme de Spielberg, só que a magia do realizador
não se nota muito do filme. As prestações são de grande nível, Tom Hanks
entrega sempre uma grande interpretação e Mark Rylance foi uma agradável
surpresa.
Por
falar em surpresas, foi a quantidade de nomeações para os Óscares que o filme
recebeu. Quando vi o filme em novembro não estava nada à espera que recebesse
tantas nomeações, principalmente a de melhor filme. “A Ponte de Espiões” é um
bom filme, só que acho que não merecia assim tanta atenção, principalmente para
o prémio mais importante. Muito provavelmente não vai ganhar aí, mas mesmo
assim a nomeação parece-me puxada.
Mesmo
assim é um bom thriller da Guerra Fria que vale a pena ver.
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