O
franchise “Missão Impossível” é daqueles poucos em que a qualidade não diminui
a cada novo filme. Muito se deve ao facto de cada filme ter a sua própria
história e de Tom Cruise arranjar mais maneiras de se meter em
situações arriscadas, e se em “Missão Impossível: Missão Fantasma”, ele já
estava a escalar Burj Khalifa, o que pode ser mais impressionante?
Ethan
Hunt e a sua equipa têm de enfrentar o Sindicato, uma organização formada por
ex-agentes especiais, que tem como objetivo destruir o IMF.
Vou
começar por aquilo que não gostei do filme. A dada altura tenta-nos fazer
querer que Hunt não está muito bem da cabeça e que o Sindicato é uma invenção
dele, uma justificação para continuar a fazer de herói. Mas, esta vertente
nunca é verdadeiramente explorada, porque quem está a ver a ver sabe
perfeitamente que a organização existe, por isso essas partes não criam tanto
impacto.
Tirando
esse detalhe, “Nação Secreta” é um grande filme de ação. Tem algumas cenas
muito bem conseguidas, como Hunt pendurado de lado num avião, uma perseguição a
alta velocidade e um mergulho num grande “tanque”.
Tom
Cruise volta a provar que está em grande forma, tanto nas situações mais físicas
como nas em que tem que demonstrar que sabe de facto atuar. Simon Pegg, que
volta a trazer os risos e o desenrasque informático, e Rebecca Ferguson, uma
versão feminina de Ethan Hunt, partilham o protagonismo com Cruise e conseguem
fazer-se valer no ecrã. Jeremy Renner e Ving Rhames foram deixados um pouco
para trás, não tendo uma participação muito ativa no filme. Alec Baldwin
interpreta uma personagem interessante como o diretor da CIA, e Sean Harris
consegue ser um digno antagonista.
O
realizador Christopher McQuarrie conseguiu criar um enredo interessante e
envolvente, ao nos meter mais na psique de Hunt, que nos conseguem prender do
início ao fim.
“Missão
Impossível – Nação Secreta” é um grande filme de ação para ver, num verão onde
saíram tão poucos de qualidade.
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