27/07/2020

O Estrangeiro (The Foreigner - 2017)

Voltar a ver Jackie Chan em destaque num filme de ação é, para mim, o grande chamariz deste filme. Está claro que o podia ver em filmes chineses mas, desta vez podemos vê-lo contra um ex-James Bond, o que é um chamariz muito melhor. Pode ser que seja uma boa surpresa para este final de ano.

           Depois de um atentado terrorista, que custou a vida da sua filha, Quan Ngoc Minh procura Liam Hennessy, um político com um passado que se pode revelar útil para descobrir os responsáveis. 

E, eu sendo completamente honesto, se tirássemos Jackie Chan do filme, tudo se passaria praticamente da mesma maneira. A sua presença, pelo menos, na minha perspetiva, é completamente irrelevante. Pois o foco do filme é a procura dos terroristas mas tal não é uma busca solitária por parte de Quan Ngoc Minh: todo o governo de Inglaterra e da Irlanda do Norte andam atrás dele, e Minh não descobre o quer que seja.

Posto isso de parte, “O Estrangeiro” serviu para desvendar uma nova faceta de Chan, já que aqui tem que demonstrar um desempenho mais dramático do que estamos habituados. E aí tudo bem, conseguimos sentir a dor da perda do ator. Os momentos de ação não são tão frequentes, nem envolvem tantas acrobacias (o pobre homem também já passa dos seus 60 anos) mas, mesmo assim, conseguem ser bem executadas. 

Pierce Brosnan também esteve bem; a personagem não é propriamente simpática e serve muito de saco de pancada. É verdade que pode ser esse o papel da personagem mas um pouco mais de garra e atitude podia ter servido bem.

O argumento é interessante que chegue para nos manter atentos durante o filme, não é nada de extraordinário nem inovador, mas encaixa bem. Serve também para ver um pouco as ligações ainda frágeis entre a Inglaterra e a Irlanda do Norte.

Não fosse o aparte de Jackie Chan quase ser irrelevante para toda a ação, “O Estrangeiro” é um competente filme de ação.


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