01/02/2020

1917 (2020)

Tudo em “1917” parecia interessante. Foi realizado pelo grande realizador Sam Mendes, os trailers são cativantes, já ganhou vários prémios, está nomeado para 10 Óscares e tem como plano de fundo a Primeira Guerra Mundial, um cenário que não é muito habitual ver. Por isso, as expectativas estavam todas em alta.
    Abril de 1917. Dois soldados têm uma nova missão: entregar uma mensagem de modo a impedir 1600 homens caiam numa armadilha e morram.
    E não podia ter sido uma experiência cinematográfica mais recompensadora! Em termos técnicos, o filme está simplesmente incrível. O modo como conseguiram criar a ilusão que toda a ação é feita num take está muito bem conseguida. Tal serve para nos mostrar, mais uma vez, o génio do cinematógrafo Roger Deakins, por ter conseguido criar essas cenas, com uns cortes muito precisos e inteligentes. E o mais impressionante é pelo filme, praticamente, nunca parar; rola sempre num ritmo frenético, que nos transmite a urgência da missão, com apenas algumas pausas, para dar alguma humanidade e personalidade aos protagonistas.  
    Há algumas críticas negativas em relação à história, porém também esta não precisa ser mais elaborada do que é. É uma missão de ir do ponto A ao ponto B e aquilo que é interessante é a jornada que as personagens fazem durante esse trajeto. E nem é só isso pois existe uma vertente pessoal, no salvamento do irmão e tudo o que isso carrega. Tudo isso transmitido por dois atores, Dean-Charles Chapman e George MacKay, que ainda não são muito conhecidos, mas que fazem um grande desempenho. Pelo caminho, vamos ter direito a aparições de umas caras familiares, em pequenos papéis, como Mark Strong e Benedict Cumberbatch.
    É bem possível que “1917” ganhe o grande prémio na noite dos Óscares e, possivelmente, Sam Mendes também vai para casa com uma estatueta. Isto sem deixar de lado a impressionante cinematografia e edição. 

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