Hoje em
dia, filme de zombies é coisa que não falta, de qualidade variável e sempre quase
sempre de horror ou de ação. No entanto, esta produção de Henry Hobson foge a
esse molde.
Aqui
vamos seguir a transformação de Maggie, uma adolescente que foi contaminada por
um vírus que a torna um zombie. Durante todo este processo, Maggie vai estar
sempre acompanhada pelo pai, Wade.
E, se
aqui temos um filme de zombies diferentes, também temos um Arnold
Schwarzenegger num papel diferente, onde não está a tentar matar, nem rebentar
com ninguém, nem tenta ser engraçado. Tem de ser uma presença acolhedora e
transmitir força para a sua filha. O problema aqui é que a fama de
Schwarzenegger estragar um pouco a visualização do filme, já que estava à
espera das típicas one-liners do ator
e que ele fizesse algo de explosivo. Pode até dizer-se que o ator austríaco fez
um bom trabalho, já que conseguiu fazer algo completamente diferente do
habitual, de maneira extremamente convincente. Por outro lado, Abigail Breslin
está em território conhecido, com uma boa interpretação dramática, no modo com que,
subtilmente, se vai transformando à medida que a doença vai progredindo.
O
problema do filme não está nas suas interpretações mas sim na história e no
modo de progressão da mesma. Não há um mundo que está prestes a ser aniquilado
por um exército de zombies; em vez disso, temos uma situação que, embora seja
bastante má, não é tão desesperante como em outros filmes do género. Para a
história em questão, a protagonista podia ter apanhado outro tipo de vírus como,
por exemplo, o responsável pela doença da raiva, e o filme podia ser
praticamente igual. O problema é que a história demora muito a avançar, com
muitos momentos parados que, embora sirvam para nos mergulhar mais no estado
depressivo do filme, são demasiado frequentes.
“Maggie” podia ter sido mais interessante e só
vale pela interação de pai-filha dos protagonistas.
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