Três
Globos de Ouro, cinco nomeações para os Óscares, uma dupla protagonista
constituído por Viggo Mortensen e Mahershala Ali e um bom realizador em Peter
Farrelly: foram estas informações que me acompanharam na visualização de um dos
mais recentes nomeados para o Óscar de melhor filme.
Tony
Lip, um ex-segurança, é contratado para conduzir e proteger o génio musical Don
Shirley na sua digressão pelo sul dos Estados Unidos.
Desde
o primeiro trailer que este filme me pareceu extremamente interessante. Não propriamente
pela história em si, mas sim pela interação retratada pelos dois atores
principais, com o choque cultural entre a descendência italiana de Tony e a
afro-americana de Don. Além disso, fiquei curioso como os dois, ao longo da
digressão, se conhecem melhor e formam uma sólida amizade.
Algumas
críticas feitas realçam que o tema do racismo é pouco abordado mas,
sinceramente, não estou de acordo. Nem todos os filmes, com esta temática, têm
de ser intensamente dramáticos, principalmente quando esse não é o foco
principal. Aqui o que interessa é o “confronto” de mentalidades das personagens
de Viggo Mortensen e Mahershala Ali. É verdade que há mais momentos que não me
caíram bem como, por diversas vezes, temos Tony a “ensinar” Don como ser negro.
Mas,
mesmo com isso, este foi um dos melhores filmes que vi recentemente, e se os
Óscares fossem hoje de bom grado lhe dava o grande prémio. Mas, também ainda me
faltam ver metade deles, por isso, vale o que vale.
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