Este
filme tinha tudo para ser um total falhanço. Não só estamos com um universo da
DC numa total confusão e muito dividido, como estamos a falar de uma personagem
que tem sido alvo de piadas praticamente desde a sua criação. Porém, há uma luz
no fundo do túnel com a forma de Jason Momoa e do realizador James Wan.
Arthur
Curry terá de tomar o seu lugar como o legítimo rei de Atlântida para evitar a
guerra entre os dois mundos.
Algo
curioso na altura do lançamento dos trailers iniciais foram as críticas ao
elevado uso de efeitos especais. Realmente, não sei porque é que as filmagens
não foram feitas debaixo de água, com seres que não existem, e com enormes
cidades cheias de vida, vá se lá entender! Agora a sério... O mundo que James
Wan conseguiu criar está cheio de vida e cor e esta versão da Atlântida pode
ser o palco de vários filmes.
O tom
vai variando durante o filme, o que pode ser pouco desconcertante. Tanto temos
comédia, como um épico bélico, como terror. Eu, pessoalmente, gostei, pois
mostra as várias facetas da personagem, por outro lado não mostra consistência
durante toda a duração. Uma coisa que não foi tão bem retratada são as cenas
emotivas que não receberam importância que chegue.
Jason
Momoa continua a sua prestação de “Liga da Justiça” e aqui tem de passar para
um papel de maior responsabilidade, onde tem de ser por à altura, tanto como
protagonista do seu filme a solo, como tem de se por à prova como o herdeiro da
lendária cidade. Amber Heard acompanha o herói durante grande parte do tempo e,
tirando a peruca, tem uma boa prestação. Aliás, em termos de prestações, até
estamos muito bem servidos, desde Nicole Kidman a Patrick Wilson. Fiquei
surpreendido com o sucesso da adaptação das roupas da BD (exceto a do Manta
Negra) que não parecem de todo ridículas dentro do ambiente do filme.
“Aquaman”
é um bom filme e coloca-se no meio da lista dos filmes de super-heróis deste
ano. Espero que, com este, a DC encontre o seu lugar e nos traga mais qualidade
para o grande ecrã.
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