O filme
teve alguns problemas no seu arranque. David Fincher (“Em Parte Incerta”) era
para ser o realizador inicial, com Christian Bale (“Batman – O Início”) a
interpretar o protagonista. Mas foram substituídos a meio caminho por Danny
Boyle (“Transe”) e Michael Fassbender (“12 Anos Escravo”) - uma troca onde não se fica a
perder muito-, com Aaron Sorkin (“A Rede Social”) encarregue do argumento.
Vamos partir à
descoberta da vida de Steve Jobs através de conversas nos bastidores antes das
conferências de três lançamentos de produtos: do Macintosh em
1984, do NeXT em 1988 e do iMac em 1998.
Só pela
estrutura do filme, podemos ver que a estrutura é completamente diferente da
versão de 2013 com Ashton Kutcher. Aqui, em grande parte do filme, só temos
diálogo, com as personagens a andarem apenas à volta do recinto da apresentação
(um pouco ao estilo de “Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)”). E será que
isso chega para saber tudo o que precisamos de saber sobre Jobs e o que se
passa com ele?
Completamente. Conseguimos saber
todos os detalhes da sua vida pessoal e profissional. E, embora não seja um
filme que envolva propriamente muito dinamismo, a realização de Boyle e o
argumento de Sorkin fazem com que todas as conversas entre as personagens sejam
intensas e prendem completamente a atenção. O que fez falta foi uma cena mais
recente, como por exemplo, o lançamento do iphone.
Mas este é um filme de
interpretações. É verdade que Fassbender não é propriamente parecido com a cara
da Apple, mas isso é rapidamente ultrapassado. Tal deve-se à sua grande
interpretação, que retrata um Jobs sempre com uma resposta na ponta na língua e
que leva até ao fim aquilo que pensa ser o mais correto, mesmo que não o seja. E
este genial ator não está sozinho! Está acompanhado por um grande elenco
secundário, composto por Seth Rogen (“Uma Entrevista de Loucos”), Kate Winslet
(“Insurgente”) e principalmente Jeff Daniels (“Perdido em Marte”).
“Steve Jobs” é um filme que nos
faz ter um pouco de compaixão pela personagem? Alguma. Mostra que ele, quando
quer, consegue ser um grande sacana? Sim, sem qualquer dúvida. Vai agradar mais
aos apreciadores da marca da maçã? Só em algumas alturas.
É um grande filme biográfico que
deve ser falado quando for para distribuir as nomeações em termos de
interpretações.
Eu adorei este Steve Jobs: 5*
ResponderEliminar"Steve Jobs" é um excelente filme e tem um argumento bastante coerente e isso é uma mais-valia, recomendo que o vejam.
Cumprimentos, Frederico Daniel.