Ver Ben
Stiller a afastar-se aos poucos da comédia não é algo que me agrade
particularmente mas, depois de “A Vida Secreta de Wallter Mitty” (em que foi o
realizador), é preciso dar-lhe uma hipótese. Desta vez, o responsável pelo
argumento e pela realização é Noah Baumbach (“Greenberg”). Temos também Naomi
Watts no ecrã, o que não é mau de todo.
Josh é
um realizador de documentários, que está preso no mesmo projeto há já 10 anos.
Mas, quando conhece o jovem casal Jamie e Darby, Josh e Cornelia vão
redescobrir a sua vida e a sua relação.
Atenção,
o filme tem a sua piada mas não é o mesmo tipo de comédia de “Spy”, por
exemplo. Em vez disso, temos algo mais subtil e leve mas que resulta na mesma e
consegue ter alguns bons momentos cómicos. Só que não é de comédia que se trata
o filme. É sim sobre o passar do tempo, a estagnação da atividade, e como isso
pode afetar uma pessoa e as suas relações interpessoais. E como tudo pode mudar
se a nossa mentalidade e perspetiva se alterar um pouco.
Stiller
entrega-se ao filme e mostra uma interpretação de valor. Já Naomi Watts não
mostrou o melhor que conseguia fazer (verdade seja dita, o filme também não
deixava). Esta é uma das melhores interpretações de Adam Driver (por outro lado
não conheço muito da sua filmografia), enquanto Amanda Seyfried acaba um bocado
apagada de todo o filme.
“Enquanto
Somos Jovens” é um filme interessante mas que provavelmente não vai apanhar
muita atenção do público.
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