Muita
gente, incluindo eu, já não acreditava que Johnny Depp conseguisse fazer um
papel sério e que de facto fosse uma interpretação de louvar. Parecia preso à
personagem de Capitão Jack Sparrow ou a fazer uma personagem parecida a essa em
outros filmes, mas foi o realizador Scott Cooper que conseguiu mudar essa perspetiva.
Aqui
vamos seguir a história verídica de um dos mais conhecidos e violentos
criminosos de Boston, James
'Whitey' Bulger, e a sua relação como um informante do FBI.
Primeiro há que referir a
caraterização de Depp, desde a maquilhagem até aos olhos, que o tornam numa
personagem intimidante logo de início. E é uma grande personagem, violenta,
agressiva e tem sempre um tom intimidante naquilo que diz.
Só que o restante elenco também
merece atenção. Joel Edgerton tem uma grande prestação como o agente do FBI, e serve para completar
muito do trabalho de Depp (talvez mesmo consideração para Óscar…). Os restantes
elementos não aparecem tantos, mas mesmo assim estão lá bem, como Kevin Bacon, Benedict Cumberbatch e Rory Cochrane.
O meu maior
problema é com a estrutura da narrativa. Tinha preferido que seguisse mais a
história de Bulger, e não estar sempre a saltar entre ele e o FBI. É verdade
que os momentos que são mostrados são, à partida, os mais relevantes, mas desta
maneira não dá para criar uma maior profundidade à personagem interpretada por
Depp.
“Black Mass – Jogo
Sujo” não é um filme perfeito, mas tem muitos bons momentos, e tem prestações
impecáveis de Johnny Depp e Joel Edgerton.
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