Antes de mais, tenho de salientar a maneira de
como este filme é publicitado. Os trailers e tudo referente ao filme nos leva a
querer que se trata de um puro filme de terror mas tal não é bem assim, já que
também temos muita comédia. Este género de filme é sempre difícil de fazer
porque podemos não saber quando temos de estar assustados ou a rir. Só que este
pode muito bem ser o regresso de M. Night Shyamalan.
Resumindo
a história, dois irmãos vão visitar os seus avós pela primeira vez, depois de a
sua mãe lhes ter deixado de falar, mas nem tudo parece ser o que é.
E sim,
há comédia e há horror mas, quando chega a parte do fim com mais horror, não
causa tanto impacto pois a comédia não permitiu levar a coisa a sério.
É neste tipo de filme que
Shymalan consegue o seu melhor trabalho. Algo mais pequeno, que neste caso foi
o “found footage”, e a aproveitar o máximo do seu elenco. Os jovens Olivia
DeJonge e Ed OxenBould têm uma boa química e fazem um bom papel, desde a
inicial excitação por verem os seus avós e por darem um pouco de descanso à sua
mãe até à expectativa e receio à medida que os estranhos acontecimentos se vão
desenrolando. Deanna Dunagan e Peter McRobbie também parecem muito amigáveis no
início, mas transitam gradualmente para o horripilante, e conseguem fazer isso
de maneira muito convincente.
O argumento está interessante e
sem muitas falhas de lógica pelo meio. E claro, temos aquele grande twist
final, que o realizador já nos habituou, que consegue ser muito gratificante.
“A Visita” é um bom regresso para
M. Night Shyamalan. O calcanhar de Aquiles da produção foi o excesso de comédia
que subjugou o terror.
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