Até
Portugal já está a fazer remakes dos seus filmes. Revisita-se agora uma
obra-prima de 1942, em que, pelo menos, já passou tempo suficiente para que uma
nova versão entre em ação. É verdade que tão poucos filmes nacionais nos
cinemas seria mais interessante ver uma ideia original e diferente, mas parece
que só reciclando é que se tem dinheiro para fazer filmes.
Aqui temos
um retrato das relações e aventuras entre os vizinhos de um pátio em Lisboa.
Logo de
início, o filme não começou da melhor maneira. Uma narração apresentou-nos
todas as personagens envolvidas, as suas profissões e as suas motivações. O
problema é que é muita informação, que até nem precisava de explicação, pois o
espectador depressa descobriria isso
mesmo ao longo do filme.
O maior
problema é que toda a estrutura do filme está muito semelhante a uma
telenovela. Estamos sempre a passar de uma história para a outra, sem qualquer
relação, e com transições muito estranhas.
Por
outro lado, a história consegue ser engraçada em muitas situações. É verdade
que muitas das piadas falham completamente o alvo e não têm graça nenhuma, mas
outras conseguiram fazer-me rir bem.
O
extenso elenco faz um bom trabalho de interpretação mas, verdade seja dita, não
têm muito tempo de antena para se poderem destacar. Além de Miguel Guilherme,
que consegue aparecer durante mais tempo, os outros membros vão aparecendo aos
poucos e dar um pouco do ar da sua graça.
“O
Pátio das Cantigas” consegue ser um filme divertido, mas sofre muito pelo fraco
enredo, personagens tipo e estrutura demasiado fragmentada.
Não concordo! Acho que a Sara Matos está irrepreensível e interpretou perfeitamente a Amália, ela que é tão jovem e tem tanto talento e um futuro tão promissor.
ResponderEliminarVi e o filme e é certo que não é um filme americano, temos de saber os meios que temos e por isso acho que foi muito bem conseguido. Basta compararem com outros filmes portugueses como os Maias por exemplo.
Eu não estou a comparar este filme aos americanos. Há filmes portugueses de que gosto, este apenas não me fez rir nem me conseguiu convencer.
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