Aproveitando o facto de que a iniciativa dota
o participante de alguma liberdade nas escolhas e justificações, resolvi recuar
no tempo e viajar a 2001 - altura em que escolhi 5 filmes Incontestáveis
para o Cineroad do Roberto Simões.
Em 2013, as escolhas mantêm-se e os “Filmes que marcaram” são os mesmos.
Pulp
Fiction
É um fascínio. Ousado, contemporâneo, rítmico, ímpar. Adoro o pormenor dado pelas quebras na ordem cronológica que permitem dar o papel de protagonista a personagens diferentes enquanto o filme se desenrola.
É um fascínio. Ousado, contemporâneo, rítmico, ímpar. Adoro o pormenor dado pelas quebras na ordem cronológica que permitem dar o papel de protagonista a personagens diferentes enquanto o filme se desenrola.
A dupla Vicent Vega (John
Travolta) e Jules Winnfield (Samuel
L. Jackson) e os diálogos entre eles são lendários, e Vicent Vega como
ponte entre Reservoir Dogs e Pulp Fiction – um detalhe subliminar. Mia
Wallace (Uma Thurman)
tornou-se uma das personagens femininas mais marcantes da história do cinema –
pela sua dança, mas sobretudo pela cena da overdose.
A genialidade deste filme é aprimorada com a brilhante, inesquecível e marcante banda sonora. Para mim, este filme é um todo – realização, produção, argumento, etc. – tudo se conjuga de forma a torná-lo – a meu ver – BRILHANTE.
A genialidade deste filme é aprimorada com a brilhante, inesquecível e marcante banda sonora. Para mim, este filme é um todo – realização, produção, argumento, etc. – tudo se conjuga de forma a torná-lo – a meu ver – BRILHANTE.
Se7en
Uma palavra para este filme: LUZ. Sendo uma estudiosa (em part-time) da Luz na Pintura, a forma como David Fincher a utiliza neste filme deixa-me deslumbrada. É a Luz que permite delinear o protagonismo que as personagens devem ter, como de uma pintura se tratasse. Fincher, o “mestre das frames”, consegue neste filme outra coisa que eu acho mágica: os cenários. São estes cenários e a sua ligação à luz que nos permitem “quase sentir o cheiro” daquilo que se passa na tela.
Uma palavra para este filme: LUZ. Sendo uma estudiosa (em part-time) da Luz na Pintura, a forma como David Fincher a utiliza neste filme deixa-me deslumbrada. É a Luz que permite delinear o protagonismo que as personagens devem ter, como de uma pintura se tratasse. Fincher, o “mestre das frames”, consegue neste filme outra coisa que eu acho mágica: os cenários. São estes cenários e a sua ligação à luz que nos permitem “quase sentir o cheiro” daquilo que se passa na tela.
É um retrato perturbador de uma sociedade podre no seu interior –
povoado por um sempre brilhante Kevin
Spacey – que emprega ao filme um dos melhores finais de sempre.
The
Thin Red Line
Não sou, de todo, fã de filmes com a temática “guerra”, no entanto, The Thin Red Line, ultrapassa a
conjugação a este adjectivo. É a adaptação de um romance, povoado por um elenco
de luxo e que mostra a intensidade psicológica da guerra. Toca-me precisamente
pelo grau de intensidade, pelo toque poético e humanista que Malick emprega ao filme. Mostra a “luta
pela sobrevivência”, o instinto de sobrevivência, que se divide constantemente
entre sentimentos de companheirismo, mas ao mesmo tempo de individualismo –
essa característica tão inerte ao ser humano. É para mim violento, invulgar e
deslumbrante pelo retrato humano que transmite.
American Beauty
Ora bem, como não ser fã de um país que dá origem a um filme que critica esse mesmo país e que ainda por cima é realizado pelo inglês Sam Mendes! Este filme satiriza o fim do mítico “sonho americano” e o toque de Midas é: Kevin Spacey.
Ora bem, como não ser fã de um país que dá origem a um filme que critica esse mesmo país e que ainda por cima é realizado pelo inglês Sam Mendes! Este filme satiriza o fim do mítico “sonho americano” e o toque de Midas é: Kevin Spacey.
A personagem Lester Burhan comete todas as
“loucuras possíveis e imaginárias”, algumas das quais, todos nós - a certa
altura da vida - pensamos fazer. Lester
diz, a propósito disso: “I feel like I've
been in a coma for the past twenty years. And I'm just now waking up”.
O roteiro de Alan Ball é excepcional, cheio de símbolos, humor disfarçado e crítica social apresentada de forma subtil através de uma frase usada no marketing de apresentação – “look closer”. Ora bem, este filme para mim significa: “nada do que parece, é”.
O roteiro de Alan Ball é excepcional, cheio de símbolos, humor disfarçado e crítica social apresentada de forma subtil através de uma frase usada no marketing de apresentação – “look closer”. Ora bem, este filme para mim significa: “nada do que parece, é”.
Apocalypto
A História foi a ciência que escolhi para formação académica e Mel Gibson, com este filme, fez-me
sentir um ORGULHO IMENSO por ter escolhido esta área do saber. Já o tinha
conseguido com The Passion of the Christ,
mas superou-se com Apocalypto.
Não gosto do filme por questões de realização, de produção ou de roteiro, gosto do filme como apontamento histórico e como personificação do que aprendi em 4 anos de licenciatura – as civilizações têm a capacidade única de se autodestruírem.
Mas merece um apreço especial, o mérito visual do filme. Dean Semler conseguiu mostrar paisagens deslumbrantes no meio de um enredo cruel e violento.
É para mim um filme exímio enquanto “documento histórico” (e sim! com algumas falhas históricas – mas que em nada lhe tiram – a meu ver – o valor).
Não gosto do filme por questões de realização, de produção ou de roteiro, gosto do filme como apontamento histórico e como personificação do que aprendi em 4 anos de licenciatura – as civilizações têm a capacidade única de se autodestruírem.
Mas merece um apreço especial, o mérito visual do filme. Dean Semler conseguiu mostrar paisagens deslumbrantes no meio de um enredo cruel e violento.
É para mim um filme exímio enquanto “documento histórico” (e sim! com algumas falhas históricas – mas que em nada lhe tiram – a meu ver – o valor).
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