Depois do não muito bem-sucedido “Batman e Robin”, do fim da
década de 90, era arriscado voltar a pegar neste super-herói da DC Comics. Foi isso
que Christopher Nolas fez, mas será que o devia ter feito?
Sem
dúvida. É um excelente ponto de partida para a trilogia de “O Cavaleiro das
Trevas”. Era um filme que, caso não tivesse bons resultados, poderia funcionar
sozinho.
Tudo
começa quando o pequeno Bruce Wayne, interpretado por Christian Bale, vê os
seus pais a serem mortos à sua frente num assalto. Desde aí, decide combater as
forças do mal, e para isso vai utilizar a sua enorme fortuna para se tornar o
vigilante da noite de Gotham, a cidade imaginária deste universo.
Mas o
que é que marca a diferença entre esta nova versão e os outros quatro filmes?
Simples, uma maior profundidade da personagem e o que ela representa. Primeiro,
nos outros filmes, sabemos o que aconteceu ao pequeno Bruce e depois vemo-lo
logo crescido a combater o mal. Neste filme, temos todo o percurso do
entretanto, isto é, onde é que ele aprendeu as suas artes marciais e o porquê
de utilizar o morcego como emblema.
Nolan,
ao fazer este filme, quis que ele fosse o mais real possível e que não utilizasse
tantos efeitos especiais. Um exemplo, para quem não sabe, ou não se lembra, o
batmobile dos outros filmes, que só fazia curvas com ajuda de uns ganchos, logo
Nolan, seguindo a sua filosofia, decidiu criar um batmobile que de facto exista
e seja credível. Ah, e a capa com a capacidade de planar existe.
Outro
ponto positivo é o tom mais sombrio do filme, em contraste com o tom mais
comercial dos outros. O trabalho dos
atores também é excelente, desde Christian Bale como o protetor de Gotham, até
Michael Caine a fazer do fiel mordomo Alfred, de Morgan Freeman e de Liam
Neeson.
É um
filme que sem dúvida deve ser apreciado pelos fãs do super-herói e pelos fãs da
ação.
Nota:4/5
Sem comentários:
Enviar um comentário