Será que era
mesmo necessário fazer um novo filme do Homem-Aranha quando o último saiu há
apenas cinco anos? Ou será que a Sony queria apenas tentar ganhar uns milhões à
custa do super-herói? Houve alterações em todos os sentidos: no diretor, nos
atores, no vilão e na própria estória. E ainda bem que assim é, pois desta
forma tenta conseguir uma identidade própria e não apenas um seguimento da
trilogia anterior.
A história é já conhecida por
todos. Após a partida dos pais, o jovem Peter Parker fica aos cuidados do Tio
Ben e da Tia May. Agora, um adolescente com paixão pela fotografia tenta
descobrir o que aconteceu aos seus pais. Esse caminho vai levá-lo ao encontro
do Dr. Curt Connors, um ex-colega de trabalho do pai, que tenta descobrir como
juntar os seres humanos com animais como método de tratamento de várias
doenças. Peter é picado por uma aranha geneticamente modificada e, a partir daí,
vai ganhando vários poderes, e usá-los para ajudar a população.
Ao contrário dos filmes
anteriores, o elemento feminino não é a ruiva Mary Jane mas sim a loira Gwen
Stacy, papel que foi atribuído a Emma Stone que é, sem dúvida, uma presença
mais forte; tem um maior impacto na ação e não parece tanto uma donzela em
apuros.
Andrew Garfield desempenha
brilhantemente o seu papel, conseguindo intercalar bem entre uma postura
adolescente e rebelde e uma mais adulta e séria. O novo fato é outro ponto
positivo, sendo mais fácil acreditar que alguém o pode fazer em casa.
Mas nem tudo são rosas. O
Lagarto, embora não seja um mau vilão, é uma personagem secundária neste
universo, sendo estranha a sua escolha. Não que faça um mau papel, mas mesmo
assim não é muito imponente. Contudo, foi uma sábia escolha não escolher o
Duende Verde, pois assim seria sem dúvida considerado um remake do primeiro
filme.
Talvez a maior falha de todo o
filme seja a falta de ação. Seguindo as tendências, exceto algumas exceções,
existe uma maior atenção à parte romântica do protagonista do que mais
concretamente à ação. Existe sem dúvida uma boa química entre as personagens,
mas não é nisso que um filme desta personagem se deve basear. E os momentos com
maior potencial são claramente apressados. Não vemos o herói a passear pelas
ruas e a resolver crimes com muita frequência. Algumas sequências escapam mas
note-se que são a exceção à regra.
Outro ponto negativo é que este
filme não foi feito para trabalhar sozinho, o que não é bom. Foi claramente
pensado para uma trilogia deixando várias pontas soltas no enredo, o que é
arriscado quando não sabemos como o filme será recebido.
Os fãs da personagem não vão
ficar desiludidos com este novo filme, mas está longe de ser fantástico.
Nota:3,5/5
diz se historia, nao estoria
ResponderEliminarOlá, boa tarde, caro leitor :)
EliminarTem toda a razão. Tal como todas em todas as mudanças, há um período de adaptação em que algumas gralhas poder-se-ão registar. O nosso software possui, supostamente, verificação de ortografia consoante o Novo Acordo. No entanto, agradecemos pelo seu reparo quanto à crítica apresentada. O mesmo erro repete-se nos textos anteriores, mas graças ao seu comentário construtivo, tal não voltará a acontecer.
Com os melhores cumprimentos, a equipa "Movies Reviews" ;)
PS: Escreve-se "diz-se" e não "diz se" ;)
Bons filmes ;)