28/09/2017

Kingsman - O Círculo Dourado (Kingsman: The Golden Circle - 2017)



            O primeiro “Kingsman - Serviços Secretos” foi uma das maiores surpresas de 2014, em que a adaptação de Matthew Vaughn nos mostrava uma grande energia, cores vivas, personagens desenvolvidas e incríveis cenas de ação. Por isso, com o regresso do realizador para a sequela, será que esta “paródia” dos filmes de espiões vai voltar a brilhar? 
            Com o seu quartel-general reduzido a escombros e a maioria dos seus membros mortos, os restantes elementos da Kingsman têm de recorrer aos seus primos do outro lado do Atlântico, os Statesman, para, assim, as duas agências conseguirem salvar os milhões de reféns que o Círculo Dourado fez por todo o mundo. 
            No primeiro filme, há uma boa mistura entre a ação extraordinária e os momentos de desenvolvimento de personagens. Só que isso não acontece tanto aqui. Sim, temos bons momentos de desenvolvimento dos protagonistas, só que são em menor quantidade. Já a escala das cenas de ação mantêm-se sempre em alta, o que para as quase duas horas e meia de duração é um pouco de mais. 
            E o marketing também foi um pouco enganador. Mostraram muito Jeff Bridges e Channing Tatum quando, na verdade, mal estão no filme. Aliás, são os Statesman que saíram “prejudicados” nesta sequela, que têm bons momentos de ação, mas as personagens não são devidamente desenvolvidas. E então a cena final de Halle Berry parece que caiu lá vinda do nada. 
            Mas o filme não se chama Statesman, e é nos Kingsman que está o grande protagonismo. Taron Egerton volta a vestir a pele do protagonista Eggsy, e está de novo em grande, sendo agora um agente mais experiente que já consegue fazer todas as incríveis cenas de ação necessárias. Não é só de ação que se vale, já que personifica bem as suas relações com as outras personagens, desde a sua namorada Tilde (a princesa sueca que aparece no primeiro filme) até Merlin e Harry, com alguns bons momentos fortes. O reaparecimento de Colin Firth e a sua justificação é que não é muito convincente, o que o salva é que é uma boa personagem. 
            Julianne Moore, como a vilã Poppy, é que parece que está noutro filme. É verdade que tudo nesta saga é em grande mas a atriz parece que está num filme de Austin Powers, demasiado excêntrica para conseguir ser levada muito a sério. 
            “Kingsman - O Círculo Dourado” não é um filme tão coeso como o primeiro mas, mesmo assim, continua a ser um grande filme de ação que merece uma ida ao cinema.


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