30/07/2015

O Pátio das Cantigas (2015)



                Até Portugal já está a fazer remakes dos seus filmes. Revisita-se agora uma obra-prima de 1942, em que, pelo menos, já passou tempo suficiente para que uma nova versão entre em ação. É verdade que tão poucos filmes nacionais nos cinemas seria mais interessante ver uma ideia original e diferente, mas parece que só reciclando é que se tem dinheiro para fazer filmes.
                Aqui temos um retrato das relações e aventuras entre os vizinhos de um pátio em Lisboa.
                Logo de início, o filme não começou da melhor maneira. Uma narração apresentou-nos todas as personagens envolvidas, as suas profissões e as suas motivações. O problema é que é muita informação, que até nem precisava de explicação, pois o espectador  depressa descobriria isso mesmo ao longo do filme.
                O maior problema é que toda a estrutura do filme está muito semelhante a uma telenovela. Estamos sempre a passar de uma história para a outra, sem qualquer relação, e com transições muito estranhas.
                Por outro lado, a história consegue ser engraçada em muitas situações. É verdade que muitas das piadas falham completamente o alvo e não têm graça nenhuma, mas outras conseguiram fazer-me rir bem.
                O extenso elenco faz um bom trabalho de interpretação mas, verdade seja dita, não têm muito tempo de antena para se poderem destacar. Além de Miguel Guilherme, que consegue aparecer durante mais tempo, os outros membros vão aparecendo aos poucos e dar um pouco do ar da sua graça.
                “O Pátio das Cantigas” consegue ser um filme divertido, mas sofre muito pelo fraco enredo, personagens tipo e estrutura demasiado fragmentada.


2 comentários:

  1. Não concordo! Acho que a Sara Matos está irrepreensível e interpretou perfeitamente a Amália, ela que é tão jovem e tem tanto talento e um futuro tão promissor.
    Vi e o filme e é certo que não é um filme americano, temos de saber os meios que temos e por isso acho que foi muito bem conseguido. Basta compararem com outros filmes portugueses como os Maias por exemplo.

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  2. Eu não estou a comparar este filme aos americanos. Há filmes portugueses de que gosto, este apenas não me fez rir nem me conseguiu convencer.

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