02/10/2017

Era uma vez em Los Angeles (Once Upon a Time in Venice-2017)



            Aparentemente, Bruce Willis deve estar a tentar entrar em algum tipo de recorde de entrada em filmes. Na altura que estou a escrever este texto, temos dois filmes com o senhor nas salas de cinema e, por incrível que pareça (ou então não), nenhum deles é particularmente bom.
            Steve, o único detetive privado de Venice, vai atrás de um gang que lhe roubou o cão. Enquanto isso, tem de fugir de dois irmãos samoanos, por se ter envolvido com a irmã deles, e descobrir quem anda a pintar grafits obscenos num prédio de um cliente.
            Este filme é uma salgalhada pegada e sem nada a que agarrar. Com tantos enredos envolvidos ao mesmo tempo, nenhum é desenvolvido o suficiente para chegar a ser interessante. E, num filme que pouco passa dos 90 minutos, eu pensava que já tinha passado mais de duas horas!
            Bruce Willis faz praticamente a mesma personagem que faz em quase todos os seus filmes mais recentes e possui uma incrível “habilidade”: apesar da boa quantidade de socos, a cara está sempre igual, sem arranhões. Para mim, a maior surpresa foi Jason Momoa que interpreta, provavelmente, um dos traficantes de droga mais simpático e compreensivo que já vi num filme. John Goodman, por muito que goste do ator, aqui está completamente deslocado - a sua personagem podia ser apagada que o filme continuava a ser o mesmo.
            “Era uma vez em Los Angeles” não é propriamente um filme que possa aconselhar a ver mas, se gostam dos últimos filmes de Willis, são capazes de gostar deste.

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