Chega a
vez de “A Bela e o Monstro” ter o seu tratamento para imagem real, a cargo da
Disney. Só que, ao contrário de “Cinderela” e “O Livro da Selva”, estamos
perante um nomeado ao Óscar de melhor filme, a primeira animação a conseguir
esse feito, e vencedor nas categorias musicais. Além disso, é um filme adorado
por muita gente, por isso, a exigência para esta nova versão são enormes.
Em
termos de história, a coisa não muda muito da animação, nem tem de o fazer.
Mas, mesmo assim, temos mais cenas que servem para dar uma maior profundidade
às personagens. Por exemplo, agora vemos o momento da transformação do
príncipe, o destino dos habitantes do castelo caso a maldição não seja quebrada
a tempo e um pouco sobre o passado da mãe de Belle. Estes incrementos até foram
bem-vindos, tirando a última parte, cuja forma como foi executada deixou muito
a desejar e e foi completamente desnecessária.
O
elenco está impecável, principalmente Luke Evans e Josh Gad como Gaston e LeFou
respetivamente, que parecem tirados diretamente da animação mas ao mesmo tempo
conseguem se diferenciar. Dan Stevens, como a Besta, faz um bom trabalho; é
verdade que muito do trabalho deve-se aos efeitos especiais aplicados mas,
mesmo assim, dá para notar as diferentes reações e interações com os outros
elementos. Emma Watson, cuja atribuição do papel pode não ter agradado a todos,
consegue fazer uma interpretação impecável, espelhando uma Belle forte e
independente, algo que Watson sempre defendeu. Mesmo nos momentos musicais não
há grandes falhas a apontar. É verdade que poderá não ter a mesma qualidade de Paige
O'Hara na animação mas, mesmo assim, não desaponta.
Por
falar nos momentos musicais, tem todos os clássicos do original e alguns
originais, que encaixam relativamente bem. Uma coisa que foi uma desgraça, mas
uma de um tamanho monumental, foi a tradução das mesmas. Não são poucas as
vezes em que a tradução não é coerente nem nada tem a ver com o que está a ser
dito e, tendo em conta que estamos num musical, isso é grave. Os efeitos
especiais, embora não ao nível de “O Livro da Selva”, estão muito bons,
principalmente todos os habitantes não humanos do castelo, que estão com um
grande detalhe e muito credíveis. Mesmo a Besta está bem representada, só que
tem uma pequena falha: não consegue ser assustadora, ao contrário do que
acontece com a animação.
Mesmo
não sendo o que foi o filme de 1991, este é um filme que merece ser visto.
Amei o filme 5*
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