Devido ao ano que temos tido, a grande parte das maiores estreias foram adiadas para o próximo ano. Claro que os filmes de super-heróis não foram exceção. E se, para algumas pessoas, este atraso foi algo indiferente, eu não poderei dizer o mesmo. Sempre gostei de ver no grande ecrã, por isso ir ver “Mulher-Maravilha 1984” neste final de ano, revelou-se uma boa forma de terminar um ano cheio de desilusões.
Em pleno 1984, Diana Prince vê-se a enfrentar duas novas e muito diferentes ameaças, Max Lord e The Cheetah.
O facto da ação passar-se em 1984 pouco relevo tem para o desenrolar do filme. Podia ser algo mais recente que, praticamente, não seriam necessárias nenhumas alterações à história. E, na primeira metade do filme, parece que a época temporal foi a única justificação para dizer umas falas bem foleiras.
Se, no primeiro filme, os vilões não eram assim grande coisa, aqui tiveram um grande upgrade. Maxwell Lord - interpretado por Pedro Pascal - parece inicialmente não ser uma grande ameaça mas a sua busca em querer sempre mais e mais revela-se um desafio a ter em conta. Posso dizer que o ator consegue aqui, também, uma grande interpretação. Embora, inicialmente, eu tivesse algumas dúvidas quanto a Kristen Wiig interpretar Barbara Minerva, não há muito a contestar com o resultado final: a atriz consegue fazer uma boa transição entre a inicial, tímida e desastrada, com a final que devasta tudo o que lhe passa à frente. Só na batalha final é que os efeitos especiais não foram propriamente muito convincentes, tanto que nem nos deixam ver exatamente como a personagem está.
Embora a história seja interessante, é prejudicada pela excessiva duração do filme. Commais uns bons cortes, toda a ação tinha-se desenvolvido muito melhor, principalmente a cena inicial que não tem uma grande importância e é onde estão uns dos piores efeitos do filme. Aliás, o filme é muito irregular na qualidade dos efeitos. Tanto podem ser muito bem feitos como, a seguir, serem uma desgraça.
Gal Gadot está melhor aqui que no primeiro filme embora tenha na mesma a ajuda de Chris Pine ao lado, a conseguir puxar mais nos momentos que envolvem mais interpretação. Já que nas cenas de ação, não há nada a apontar.
Patty Jenkins volta a entregar-nos um bom filme desta personagem mas é bem mais inconsistente.
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