16/01/2020

Dois Papas (The Two Popes - 2019)

“Dois Papas” pareceu-me um filme a ver logo a partir do trailer, com um tema interessante a ser representado por dois pesos-pesados da representação, Anthony Hopkins e Jonathan Pryce, a serem liderados pelo realizador Fernando Meirelles.
Por detrás das paredes do Vaticano, o papa Bento XVI e o futuro papa Francisco discutem os assuntos mais controversos da Igreja Católica e tentam chegar a um termo em comum. 
Há uma coisa que é preciso ter em muita atenção ao ver este filme. Isto não é um documentário, é um filme, por isso não significa que tudo aquilo que é dito entre os dois protagonistas tenha sido, de facto, dito pelas pessoas reais. Com este pré-aviso, as discussões a que temos direito estão muito interessantes, e temos acesso aos dois pontos de vista, claro que favorecendo a versão mais liberal (não fosse essa com que estamos a lidar agora na realidade). Uma coisa que não estava à espera foi a viagem pelo passado de Jorge Bergoglio, as decisões e atitudes que teve durante a ditadura militar na Argentina e como isso o moldou.
Ver Anthony Hopkins e Jonathan Pryce num clima de “ataque, contra-ataque” foi super interessante, em que fomos brindados com um espetáculo de interpretações e os dois merecem estar nomeados para esta época de prémios. Com um destaque para Pryce, que consegue passar tanto de um tom jovial, como ficar em lágrimas de um momento para o outro. Também dar um destaque a Juan Minujín, que faz um grande trabalho, como o jovem Jorge Bergoglio.
“Dois Papas” é uma grande adição ao catálogo da Netflix; se têm algum interesse, não devem perder.

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