Parece que a época dos Óscares
está oficialmente aberta. O primeiro candidato parece ser o último filme de
David Fincher, que aqui vai adaptar para o grande ecrã a obra de Gillian Flynn. Com várias críticas positivas e um
grande hype à sua volta, chegou a
altura de darmos a nossa opinião.
Quando a sua esposa é raptada e
se torna o centro das atenções de todas as notícias, toda a vida de Nick vai
ser posta ao descoberto e julgada.
Acho que este é um daqueles
filmes que consegue cativar pelo facto de termos várias reviravoltas ao longo
de todo o enredo. O argumento é de grande qualidade mostrando que, enquanto o
casal namorava, tudo corria bem e pelo melhor mas, após o casamento, a sua
relação vai-se tornado cada vez mais tóxica. Não se pode propriamente dizer que
seja um filme aconselhado para casais pois, em situações extremas, mostra o que
pode acontecer quando as coisas começam a correr mal (e também ajuda ser um
bocado psicopata). O facto de Gillian Flynn ter sido a responsável por adaptar a sua
obra para o ecrã também ajudou.
Este
também foi um palco para vermos grandes interpretações. E – finalmente! - temos
Rosamund Pike a fazer uma interpretação que é de louvar com a sua Amy, uma
personagem que está sempre a surpreender e que precisava de uma grande
interpretação para ser memorável, o que Pike consegue aqui. Não nos podemos
esquecer, claro está, de Ben Affleck também a funcionar a todo o gás, ao
representar uma personagem que tanto pode ser agradável como hostil como
arrogante. Seria grande falha se não destaca-se, no elenco, a boa prestação de Carrie
Coon como irmã de Nick. Já Neil Patrick Harris não tem um ar
suficientemente ameaçador para o papel que desempenha.
David
Fincher consegue, mais uma vez, um excelente trabalho. Toda a ambiência sombria
e o modo como trata os média são
coisas a que já estamos habituados a ver nos filmes deste grande realizador.
Todo o desenrolar da ação está bem coordenada e deixa-nos sempre presos ao
ecrã.
Uma
mistura de incríveis prestações, um grande argumento e um brilhante realizador que
fazem “Em Parte Incerta” um filme obrigatório.
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