“O Código Base” é um claro filme de ficção
científica, como já poucos há, pois consegue deixar quem o vê a pensar, o que é
sempre um grande feito. Contudo, para conseguir fazer isso, aborda um tema
polémico: as viagens temporais. Uma temática que pode levar ao desastre.
Colter
Stevens encontra-se num comboio e vê-se num corpo que não é o dele, acompanhado
por uma mulher que não conhece mas que fala com ele como se fossem bons amigos.
E a dada altura o comboio explode e ele acorda de novo na mesma situação. Para
não revelar a história, vou apenas dizer que Colter tem cerca de oito minutos
para descobrir o bombista, e assim impedir que uma catástrofe aconteça.
Jake
Gyllenhaal, que interpreta Colter Stevens, faz brilhantemente o seu papel.
Consegue parecer preocupado, paranoico e determinado nas alturas certas, e
consegue fazê-lo bem. As duas personagens secundárias, Michelle Monaghan e Vera
Farmiga, conseguem interpretar o elemento romântico e o de narrador, correspondentemente,
de uma forma muito interessante.
É
um filme que adquire uma grande velocidade quando Stevens percebe finalmente o
que tem de fazer, conseguindo prender a atenção do espetador, que não vai nem
deve perder um único momento.
Não
é claramente um filme para grandes efeitos especiais, contudo aqueles que
apresenta são de boa qualidade.
Não
atingiu grandes valores de bilheteiras, 123 milhões de dólares, mas tendo em
conta que custou 32 milhões, não foi mau de todo. E pode ser que, nesse seguimento,
existam mais filmes de grande qualidade que não se prendam apenas com os lucros
que possam ter.
Um
bom filme de ficção-científica como há muito não aparece.
Nota:4/5
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