Mais
uma adaptação para imagem real de um dos clássicos de animação da Disney,
desta vez, uma nova visão da Arábia de Aladdin, só que neste caso há um “problema”. Na
versão original, o génio era interpretado pelo já falecido Robbie Williams
que transmitiu muita da sua personalidade para o
papel. Por isso,
seja qual for o escolhido para fazer o papel, será sempre comparado ao ator, e
nesse caso a escolha de Will Smith para o papel até foi boa, já que também é um
ator bastante carismático e cómico.
Houve
várias alterações nesta versão, sendo uma delas tornar Jasmin numa personagem mais participativa e com um
maior desenvolvimento. Teve direito a uma adição
na banda sonora (que, na minha opinião, não é grande
coisa, embora a mensagem seja boa), com Naomi Scott a fazer aqui um bom
desempenho. As interpretações tiveram os seus altos e baixos. Mena Massoud faz
um Aladdin, tem personalidade e faz-nos torcer por ele e Marwan Kenzari não
consegue ser um Jafar minimamente ameaçador, parecendo mais alguém que está no
meio de uma birra. Mas, surpreendentemente,
Will Smith consegue salvar tudo, já que sempre que o ator está presente
consegue elevar a cena, tem desejos diferentes
que na animação, mas nada que seja descabido. E
mesmo não fazendo uma cópia da interpretação de Williams, faz umas homenagens
ao falecido ator.
Uma
coisa que não me agradou foi a cidade de Agrabah. Parece demasiado estéril e
sem personalidade, não parece que alguém, de facto, viva lá. E não é por falta
de cor.
Parece-se demasiado com um cenário de filme e não com
uma localização real, tornando desinteressante
todas as cenas que se lá passavam. Noutra
perspetiva, nem temos noção que este é um
filme realizado por Guy Ritchie, já que nenhum das
suas caraterísticas de realização se fazem
transparecer aqui.
A
recriação dos momentos musicais estão bem conseguidos e têm umas pitadas de
Bollywood pelo meio, que tornam as coisas bem interessantes. Mas, sinceramente,
esta não foi das melhores adaptações da história.
“Aladdin”
não “estraga” a experiência de quem viu o primeiro mas não traz nada de novo e
em várias situações é uma cópia barata e desinteressante.
Um dos melhores do ano, 5*
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