A
publicação relativa a um encobrimento sobre a guerra do Vietnam que envolve
quatro presidentes norte-americanos coloca em colisão Kay Graham e o governo.
Não me caiu
tudo da melhor maneira. E, se calhar, isso tem muito a ver com as expectativas
que tinha depositado no filme. É que a grande trama sobre se se deve tornar
público os papéis não me parece tão interessante como a história das
consequências dessas publicações. Claro que saber se o direito de expressão
prevalece em relação a segredos de estado é algo sempre pertinente, que
continua relevante nos dias de hoje, só que, para mim, não foi tratado da
melhor maneira.
Streep é
sempre incrível nos desempenhos que faz e, em “The Post”, não há exceção.
Mostra-se, inicialmente, como uma Kay Graham que não sabe bem o seu papel na
empresa, onde ninguém acredita muito nela, e que, aos poucos e poucos, vai
começando a ter a sua voz ouvida. E tal não podia deixar de ser sem a ajuda de
Ben Bradlee, (interpretado por Hanks) que lhe tenta mostrar aquilo que define o
jornalismo e pelo qual o Post se deve guiar.
Há uma sensação de urgência na
corrida pela aquisição e publicação, do estudo relativo à guerra do Vietnam,
antes do New York Times, mas, no fim, não se consegue criar um verdadeiro
impacto.
Se merece a nomeação para 2
Óscares? Para o de Melhor Filme certamente que não, mas para o de Melhor Atriz
Principal não tenho nada contra.
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