Homem-Aranha está na MCU! Não nos
vamos debater sobre a colaboração entre a Sony e a Marvel para fazer este filme
acontecer, já que isso iria desviar as atenções sobre o que interessa: o filme.
Tom Holland, o nosso novo Peter Parker, já nos deu um cheirinho daquilo que é
capaz de fazer em “Capitão América - Guerra Civil” por isso, agora com um filme
só sobre ele, a expectativa é elevada.
Vários meses após os
acontecimentos de “Capitão América - Guerra Civil”, o jovem Peter Parker, sob a
tutela de Tony Stark, continua a tentar viver a sua vida como um aluno do
secundário, ao mesmo tempo que protege as ruas de Nova Iorque como
Homem-Aranha. Mas, com o aparecimento do Abutre, novos desafios vão aparecer
para o jovem super-herói.
Tudo aquilo que estamos à espera
de um filme da MCU está aqui: cenas de ação, comédia e várias referências a
outros acontecimentos deste universo cinematográfico. Só que, enquanto
“Homem-Formiga” se debruçou sobre um roubo e “Doutor Estranho” sobre magia,
este “Homem-Aranha - Regresso a Casa” é sobre o liceu. Embora tenha muitas
semelhanças com os outros filmes, consegue ser suficientemente diferente.
Uma coisa que esta colaboração
com a Sony trouxe de positivo foi um maior desenvolvimento do vilão. Ao início
saber que o Abutre, interpretado por Michael Keaton, ia ser o antagonista não
foi muito entusiasmante mas o filme conseguiu fazer-me mudar de ideias. Não é
um vilão que seja mau por ser, tem um motivo razoável, quer apenas ter um meio
de sustentar a sua família. É ameaçador na dose certa mas, ao mesmo tempo, tem
um código de honra, o que o faz respeitar o aranhiço.
Tom Holland, como o nosso novo
Peter Parker, é uma lufada de ar fresco, já que é das poucas vezes em que
alguém que está no liceu de facto se parece com alguém que lá deve estar. E o
jovem ator consegue uma grande interpretação; a sua personagem quer ser notado
pelo seu mentor Tony Stark para se juntar às grandes missões dos Vingadores,
mas ninguém lhe dá muita atenção, o que o obriga a ir impedindo crimes só na
zona de Nova Iorque. As cenas de ação são mais contidas que nos filmes
anteriores e não o vemos a balançar por entre os prédios mas, mesmo assim, são
muito bem executadas. Não gostei muito dele ter o fato todo quitado (não que
não esteja bem executado e encaixado na história). É que uma das essências do
Homem-Aranha é ser ele a criar o seu próprio fato, se ele recebesse este fato
mais para o final a coisa seria mais compreensível.
O restante elenco também está
muito bom. O melhor amigo do protagonista Ned é aquele que tem reações que
seriam de esperar de um estudante, o que nos trazem uma boa dose de realismo ao
filme. E Homem de Ferro está na dose certa, não presente demais para roubar o
protagonismo, nem pouco que chegue para ser apenas um cameo.
“Homem-Aranha - Regresso a Casa”
é uma grande entrada para a MCU e deixa-me com uma grande expetativas para os
futuros filme da personagem.
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