Foi um grande risco na
altura quando a Marvel decidiu lançar o primeiro “Guardiões da Galáxia”.
Afinal, trata-se de um conjunto de personagens que não era conhecida pela
grande generalidade das pessoas mas que, felizmente, mostrou-se uma aposta
acertada. O relato das histórias do pequeno grupo depressa se tornou num dos
filmes favoritos deste universo cinematográfico, por isso, como seria de
esperar, a sua sequela tem uma grande responsabilidade nos seus ombros.
As aventuras dos Guardiões
da Galáxia continuam e, desta vez, vamos investigar a origem da paternidade de
Peter Quill.
Temos os cinco elementos
de volta e, com a exceção de Baby Groot - uma versão mais pequena e inocente
que Groot -, todos estão basicamente na mesma (o que é positivo). A decisão de
dividir o grupo em dois ajudou para assim conseguirmos uma maior exploração de
cada elemento do grupo embora, de grosso modo, todo o filme se trata sobre
Peter Quill. Mas, mesmo assim, conseguimos um pouco mais de história de fundo
das outras personagens, tirando Groot, que está aqui para ser fofo.
Algumas personagens do
primeiro filme retornam com mais protagonismo, como Yondu (interpretado por Michael Rooker) que consegue ter tanto
momentos cômicos como dramáticos, e Nebula (interpretada por Karen Gillan) que anda, mais uma vez, atrás
da sua irmã, só que agora temos um melhor contexto sobre o que a motiva. Entre
as novas entradas, podemos contar com Kurt Russel, que aqui faz de Ego, o pai
de Peter, e Pom Klementieff, como
Mantis, a serva de Ego.
Para mim, o maior problema
é que a história só se desenvolve para o final do filme. As cenas com Ego são
do melhor que há. É uma das personagens mais interessantes que já entrou neste
universo e só não digo mais para não dizer spoilers. Chris Pratt volta em
grande para o seu Star-Lord, desta vez num papel mais dramático. Dave Bautista
não foi tão bem aproveitado aqui, ficando relegado apenas a tiradas cómicas (é
que quando temos alguém com o nome de o Destruidor na nossa equipa seria de
esperar que ele entrasse em mais cenas de ação….). Zoe Saldana e a sua Gamora
pouco mexem em relação ao filme anterior - bem, é capaz de estar um pouco mais
simpática. O nosso guaxinim adorador de armas favorito tem algum desenvolvimento,
principalmente sobre como a sua personalidade se tornou no que é.
O realizador James Gunn retorna e com ele todo o estilo a que nos habituou.
Um universo com muitas cores e raças, naquilo que é, até agora, a coisa mais
parecida que a Marvel tem a um “Star Wars”. Não há muita relação entre os
outros heróis da companhia, o que é positivo, já que assim o filme consegue
funcionar melhor individualmente. E a banda-sonora? Foi algo que marcou
consideravelmente o primeiro filme e aqui, embora não desaponte, também não é
memorável. Ainda tenho na cabeça algumas músicas do primeiro filme enquanto
que, passado uns dias, já não me lembro de nenhuma música deste em particular.
É preciso dizer que este
Volume 2 é bom, só que não tão bom como o primeiro. Foram feitas algumas
escolhas que podem ser compreensíveis para uns mas que podem não agradar a
outros. Temos bastante mais comédia mas menos ação. Temos mais música mas menos
memorável. Temos mais personagens mas uma história menos consistente.
P.S. - O filme tem cinco (!!!) cenas pós-créditos, por isso se forem
logo embora não podem dizer que foi por falta de aviso.
Eu gostei bastante - 4* :)
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