De novo com as salas de cinema fechadas, só nos sobram as plataformas de streaming se quisermos ver alguma coisa de novo. E a Netflix não falha nisso! É verdade que, muitas vezes, a qualidade pode não ser a melhor mas, mesmo assim, conseguem ser suficientemente agradável. E é isso que espero que este “Zona de Perigo” seja.
Num futuro próximo, um piloto de drones é enviado para um cenário de guerra onde é emparelhado com um android super-secreto, de modo a impedir uma guerra nuclear.
Como disse no início, não estava à espera de um grande filme, mas sim algo razoável. E foi exatamente isso que aconteceu. Tem algumas boas ideias mas parece que não as explora profundamente e temos algumas boas cenas de ação.
O nosso protagonista também não é uma personagem fácil de gostar. Não que Damson Idris (que o interpreta) faça coisas maldosas durante o filme, ou que não tenha dado uma boa prestação, mas sim pela sua ocupação como piloto de drones. Onde além da grande distância físico do campo de batalha, também tem um desapego emocional da devastação que é capaz de causar. E é mesmo isso que o filme quer transmitir. Apenas na reta final é que ele começa a ter mais agência na ação. Só que aí já é tarde! Não se criou a ligação necessária à personagem para termos interesse no seu destino.
Anthony Mackie aqui parece que já está a fazer de Capitão América pois como android, tem uma força e agilidade superiores. Não é só na ação que Mackie consegue brilhar, já que é dele que vêm os diálogos mais interessantes. Basicamente, aquele diálogo habitual quando temos entre um humano e um android onde o primeiro está sempre a questionar o segundo sobre o livre-arbítrio e se está programado para tomar decisões sozinho.
“Zona de Perigo” tem um argumento bom q.b., com algumas boas cenas de ação. Uma boa alternativa para ver neste confinamento.
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