O quê? Um filme oriental com um ocidental como cabeça de cartaz? Pronto, já sabemos as justificações financeiras para que isto aconteça, e aqui a sua presença até é minimamente explicada no argumento, por isso não vamos por aí. E o filme vai precisar de toda a ajuda que conseguir reunir, pois os trailers não puxam muito, para além do aspeto, e é preciso recuperar do investimento de 150 milhões de dólares.
Um grupo de mercenários europeus foram para a China na procura de pólvora negra, sem saber que vão bater na Grande Muralha da China, durante uma grande invasão de criaturas misteriosas.
Uma coisa que o realizador Yimou Zhang sempre conseguiu criar nos seus filmes é um grande estilo visual. Ver o exército da muralha dividido em cinco cores, cada um com a sua função, e quando o primeiro ataque acontece, ver tudo bem a andar de maneira ordeira e implacável, é um deleite visual. Ver as armadilhas que as paredes da muralha esconde também foram uma boa surpresa.
O grande problema é que depois nada consegue superar este primeiro encontro com os lagartos gigantes. A escala é sempre a diminuir e o impacto vai-se perdendo. A história não é nada que vá criar grandes conversas, tem as reviravoltas habituais mas nada de perder o sono. E mesmo Matt Damon podia ter sido substituído por outro ator que, muito provavelmente, íamos ter a mesma personagem.
Só que o filme até foi bem melhor do que estava à espera. Além dos já mencionados visuais, temos a boa relação entre Damon e Pedro Pascal. O tipo de piadas e comentários não são novos, mas estão bem aplicados, as cenas de ação também são interessantes, já que a maneira como matam os monstros é diversificada. E, mesmo os ditos monstros até estão bem-feitos, já que pelos trailers pareciam uma desgraça.
Um filme de ação que não tinha muitas esperanças, mas que me conseguiu surpreender.
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