02/05/2020

Sete Irmãs (What Happened to Monday - 2017)

Ver o mesmo ator a interpretar vários papéis tem sempre aquele fator “novidade” mas, muitas vezes, isso se não for bem aplicado, perde o fascínio muito depressa e acaba por estragar completamente o filme. E aqui temos Noomi Rapace a fazer de sete irmãs gémeas, todas com as suas personalidades distintas.
Num futuro próximo, a Terra já não aguenta com o excesso da população. Tal obriga a que tenha sido criada uma lei que proíba ter mais do que um filho. Só que um grupo de sete irmãs consegue viver em segredo nesta sociedade, isto é, até uma delas desaparecer.
    O mundo criado já foi algo visto em filmes do género e, até certo ponto, chega a ser um cenário futurista “possível”. As razões e motivações das personagens não são exploradas, os maus apenas são maus porque o filme assim quer. Porque, se formos a ver, “as protagonistas” não estão propriamente do lado da razão e apenas por ser um filme é que a coisa se passa da maneira que corre. Para mim, este foi um grande desmotivador do filme.
    Tirando este “pequeno detalhe”, o filme é perfeitamente competente. As interpretações são boas, tem cenas de ação cativantes porém com uma reviravolta que se consegue ver a milhas de distância. Rapace consegue fazer um bom trabalho em criar sete personalidades distintas, sendo facilmente possível reconhecer qual das irmãs é que estamos a ver. Claro que teve que haver algum jogo de edição, o que acaba por prejudicar as cenas de ação.
    “Sete Irmãs” não é um mau filme mas peca pelo enredo e por uma premissa que, passado pouco tempo, deixa de ser novidade.


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