Tim
Burton não tem estado no seu melhor nos últimos anos. Continua a ser capaz de voltar
a fazer incríveis filmes mas é preciso que deixe de meter Johnny Depp em
situações absurdas. E, ao que parece, esta adaptação do livro de Ransom Riggs está
dentro do estilo do diretor, com os trailers a mostrar grande potencial.
Depois
da morte misteriosa do seu avô, Jake parte numa busca pelo misterioso orfanato
onde o avô viveu. Descobre que é um orfanato para crianças com diversos
poderes, gerido pela misteriosa Senhora Peregrine.
Eu
queria gostar muito do filme, parecia cheio de potencial e podia quase ser um
“X-Men” de Tim Burton. Só que houve coisas que não me caíram bem, como o
terceiro ato, que parece que foi tirado de outro filme. Não que não esteja bem
executada, mas não está de acordo com o tom do resto do filme. Outra coisa foi
o vilão. Samuel L. Jackson é sempre excelente e tem uma presença intimidadora,
só que, quando chega a altura, deixa-se ser derrotado bastante facilmente. Por
amor de Deus, consegue transformar as mãos em armas, mas quando se chega ao pé
dos miúdos o que faz é empurrá-los e seguir caminho. E também ver mais Eva
Green teria sido bom, mas aí entendo, o filme não é dela.
Por
outro lado, apresenta personagens interessantes, como Jake, interpretado por Asa
Butterfield, e Emma, aqui interpretada por Ella Purnell. O problema é que temos
demasiadas personagens, o que faz como que tenhamos apenas uma pequena
apresentação do elenco. O estilo visual faz Burton sentir-se em casa e
demonstra que ainda consegue criar mundos cativantes. Talvez com uma sequela,
agora que já conhecemos as personagens, as possamos aprofundar mais.
Não vai
estar na lista dos melhores filmes do ano, nem do diretor, mas é uma saga com
potencial.
A Casa da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares: 4*
ResponderEliminarEste é um filme bastante bom e recomendo, pois está repleto de magia ao estilo de Tim Burton.
Peca por ser demasiado infantil e por suavizar o lunático vilão, bem interpretado por Samuel L. Jackson. Concordo com o que diz, acho até que "infantilizaram" o personagem demais.
Cumprimentos, Frederico Daniel.