Passaram-se
20 anos desde que o primeiro filme chegou e a esperança que houvesse uma
sequela diminuía a cada ano que passava. Há uma altura para ressuscitar antigas
“pérolas”, por isso temos “O Dia da Independência – Nova Ameaça”. Só que agora temos
duas grandes diferenças: não temos Will Smith, nem o filme blockbuster é o
mesmo que em 1996. Antes, quando um filme destes saía, era um acontecimento
pois agora temos uma dúzia ou mais por ano por isso já não consegue ser uma
novidade.
A primeira invasão espacial chegou e passou. Agora, o mundo está
unido e avançou tecnologicamente em grande escala devido à mistura da
tecnologia terrestre com a extraterrestre. Todavia nem toda a preparação vai
servir contra o que aí vem.
Realmente, o efeito de espetacularidade já
foi perdido. Claro está, este é um filme em que nunca se ia estar a pensar
muito na história, mas sim aproveitar para ver a devastação que ia acontecer ao
planeta Terra. Como de esperar, a história está lá por estar e as explosões não
faltam.
Mas será que, nos dias de hoje, ainda é
válida a desculpa quando um filme quer que “desliguemos o cérebro”? Talvez, se
fossem menos comuns, poderíamos “desculpar” isso mas estamos a chegar a uma
altura em que essa desculpa é mais a regra do que a exceção. Obviamente, a
escala aqui é muito maior que no filme anterior e, se há uma coisa que o filme
faz bem, é dar uma grande dose de efeitos especiais, que são de muito boa
qualidade. As batalhas aéreas - sim senhor! - são engraçadas, mas já não
deslumbram.
Há também a tentativa de passar o
testemunho a atores mais novos, como Liam Hemsworth, Jessie T. Usher e Maika Monroe,
mas eles não conseguem demonstrar a intensidade e o carisma suficientes para
carregar o filme. Temos também o regresso de atores do primeiro filme, como
Bill Pullman, Jeff Goldblum e Brent Spiner, mas se há a expectativa de voltar a
ver Jeff Goldblum como David Levinson no grande ecrã, ficamos por Jeff Goldblum
a interpretar Jeff Goldblum.
Vamos ficar com alguma cena marcada como a
destruição da Casa Branca e o incrível discurso de Presidente Whitmore? Não é
muito provável mas (como já é habitual nos dias de hoje) temos um final que
pode dar lugar a mais filmes e a esperança que eles melhorem é a última a
morrer. Por isso, comam pipocas e aproveitem.
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