Com o ataque informático à Sony
ainda na cabeça de toda a gente, o lançamento de um filme sobre hackers parece
mais apropriado do que nunca.
Nick Hathway é um recluso/ex-hacker
talentoso que, se descobrir o responsável por um ataque informático aos EUA e à
China, ganha a sua liberdade.
Aos meus olhos, a China invade
cada vez mais as produções de Hollywood. Ganhando cada vez mais relevante em
termos de bilheteira, a sua presença nos filmes tem sido cada vez maior. Grande
parte do filme passa-se neste país asiático o que, para além de várias falas
que deveriam legenda, não é assim tão importante.
O casting também foi um grande
tiro ao lado. Por muito que goste de Chris Hemsworth, de certeza que existem
atores mais habilitados para desempenhar um hacker do que alguém que tem a
aparência e constituição de um deus nórdico. E para alguém que devia passar a
maior parte do tempo no computador, tem uma incrível participação nas cenas de
ação. Este não é, definitivamente, um bom filme para representar o ator... E
Viola Davis? Oh meu Deus! Que desgraça! O único que ainda se salva é Leehom
Wang.
Para um filme que envolve um tema
cada vez mais pertinente nos nossos dias - o cibercrime -, é impressionante
como este tema não é muito aprofundado. É verdade que temos o vilão que fez
asneira e que tem de ser castigado, mas nunca é falado se estes tipos de ações
(hacking), mesmo que sejam em pequena escala são justificáveis.
As cenas de ação são muito
semelhantes aquelas que o realizador Michael Mann fez em filmes anteriores
(como “Miami Vice”), o que não é propriamente um bom sinal. Planos muito
focados nas caras das personagens e câmara a tremer não são muito agradáveis de
ver durante mais de duas horas. Já para não falar do forçado enredo romântico.
Um filme que se pode dispensar
bem. É pena é não ter sido melhor executado pois tinha imenso potencial.
Sem comentários:
Enviar um comentário