Não sou grande apreciador de
filmes divididos em duas partes, parecem sempre dois filmes que não têm um princípio,
meio e fim. Enquanto a parte 1 serve apenas como uma entrada, a parte 2 é onde
está toda a ação. E Hunger Games também sofre um pouco disso.
Agora no Distrito 13, Katniss
Everdeen vai-se reafirmar como a líder da revolução para acabar com o reino do
Capitólio. E, enquanto isso tentar salvar Peeta do seu terrível destino.
O elenco teve algumas adições,
tal como Julianne
Moore e Natalie Dormer, que conseguem fazer uma prestação
competente mas nada de por aí além. E para mim esta é uma das falhas do filme,
a falta de desenvolvimento das personagens. A protagonista, interpretada por Jennifer
Lawrence, tem sempre direito a todo o tempo do mundo, mas a personagem não
parece ter evoluído, parecendo ser a mesma que já tínhamos visto no segundo
filme. E daquelas que são as minhas personagens favoritas, interpretadas por Woody
Harrelson, Donald Sutherland e Philip
Seymour Hoffman, apenas o falecido Hoffman teve mais tempo de
antena. A personagem interpretada por Josh Hutcherson
(Peeta), embora não apareça durante
muito tempo, foi a que para mim sofreu mais alterações e a que se nota uma
maior evolução.
A
ação neste capítulo deixa algo a desejar, é ocasional e está mais presente como
plano de fundo, nomeadamente as revoltas por parte dos vários Distritos, mas
estas cenas não são tão satisfatórias como os filmes anteriores.
Francis
Lawrence, que volta a pegar nesta saga, faz de novo um bom trabalho, mas está
limitado em termos de argumento para aquilo que pode fazer. Já que apenas para
o fim do filme conseguimos sentir que aconteceu algo de relevo. Sim, já se sabe
que querem deixar todos os trunfos e grandes mudanças para o último filme, mas
podia ter acontecido algo que tornasse esta primeira parte mais relevante.
“The Hunger Games – A Revolta Parte 1”
consegue ser um bom filme e deixa-nos cheios de vontade para saber o que vai
acontecer para o ano.
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