O cinema não tem sido bondoso para com Dredd. Na versão de
Sylvester Stallone foi quebrada uma das principais regras desta
personagem de BD, em que se lhe tirou o capacete. Aliás, quase sempre que está
no ecrã está sem o capacete. Felizmente, esta nova versão cumpre com o
estabelecido e apresenta visual e imagem do melhor que se pode esperar.
No
futuro, os Estados Unidos foram devastados pela guerra nuclear, tornando grande
parte do território radioativo e inabitável. Mega City One é uma das poucas
zonas urbanas que se estende de Boston até Washington DC e onde vivem 800
milhões de pessoas. É uma cidade com grandes taxas de criminalidade e os únicos
que existem para a travar são os Juízes, uma polícia que tem o poder de
prender, julgar e executar aqueles que acha que merecem. Dredd é um destes
Juízes que, após lhe ser dito que deve treinar uma recruta, Cassandra Anderson,
uma mutante com poderes psíquicos, deve ir a Peach Trees fazer uma apreensão de
droga. Mas isso não corre bem, pelo facto de a droga ser Slo-Mo e o edifício
pertencer a Ma-Ma. Esta personagem é uma ex-prostituta que domina um gigantesco
prédio de 200 andares e que chefia a distribuição de Slo-Mo, uma droga que dá a
sensação que o tempo está a passar a 1% da velocidade normal.
Antes
de mais, este não é um filme para quem tem o coração fraco, pois as cenas de
violência são extremas, principalmente quando vistas através de alguém que veja
tudo em slow motion. E é ai que o 3D se revela uma grande vantagem, pois
consegue dar mesmo aquela sensação de imersão.
A
história não é um ponto forte, mas também não tem de o ser. Tem apenas que ser
boa o suficiente para manter o filme coeso e dar uma sensação de naturalidade
às cenas de ação. E é isso que acontece e, como seria de esperar, os atores,
embora façam um bom trabalho, não tornam a representação nada de extraordinário.
Mas o
que é aqui importante é a ação. E essa está com uma grande qualidade, desde o
excelente visual às cruas cenas de violência. E, ao contrário do que dizem, as
comparações com “The Raid” ficam-se apenas pela localização e alguma semelhança
com o tipo de visual. Só que “The Raid” baseia-se mais em combates
coreografados enquanto que “Dredd” é mais da filosofia “chegar e descarregar
balas em toda a gente”.
Um
grande filme de ação que merece ser visto.
Nota:4/5
Sem comentários:
Enviar um comentário