01/03/2021

Judas and the Black Messiah (2021)

          “Judas and the Black Messiah” é mais um dos grandes prejudicados dos nossos tempos. Um filme que tem tudo para estar no grande ecrã mas, com as salas de cinema fechadas, se vê relegado para o streaming.
          No final dos anos 60, Bill O'Neal infiltra-se no Partido dos Panteras Negras, de Chicago, a mando do FBI. Para, desse modo, estarem atentos à ascensão do carismático líder do partido Fred Hampton.
          Com o título que este filme tem, não é muito difícil saber o cerne de todo o enredo. Basicamente, todo ele é uma batalha pela alma de Bill, que, no início, não liga nada a políticas e apenas vê esta infiltração como um meio de fugir à prisão. Mas, à medida que se vê cada vez mais envolvido dentro do partido, Bill questiona-se cada vez mais se o que está a fazer é correto. E tudo isto com uma grande interpretação por LaKeith Stanfield, que consegue transmitir a batalha interior constante que a personagem está a passar.
          E toda esta dúvida acontece graças ao líder do partido, com um grande desempenho de Daniel Kaluuya. O ator transmite sempre a ideia que o partido quer melhorar as condições sociais dos bairros afro-americanos e não a mensagem de violência que os outros dizem que é. Também temos uma crítica ao sistema prisional americano, porque quando Hampton acabou de cumprir a sua pena, vinha com uma mensagem mais violenta do que aquela com que entrou. E bem, Kaluuya dá uns grandes discursos.
          “Judas and the Black Messiah” mostra-nos grandes prestações, com uma grande representação alegórica.


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