Antebellum - A Escolhida (Antebellum - 2020)

          “Antebellum - A Escolhida” era para ser um dos grandes filmes de terror que ia estrear na primeira metade do ano e eu estava com bastante vontade de o ver. Mas depois chegou a pandemia e, tal como muitos outros, foi adiado para estes meses finais do ano. E, se calhar, como um dos poucos filmes de terror, de destaque, que ainda estreia este ano, alguma pressão acrescida está em cima do filme.
         Aqui parece que estamos a seguir a mesma personagem de Janelle Monáe em duas épocas temporais diferentes. Uma como Veronica durante o presente, e outra como Eden num cenário da guerra civil americana, como uma apanhadora de algodão.
          Não me posso prolongar muito a explicar a história, porque é a decifrar esse mistério que se baseia todo o filme. E claro, o modo como essa “surpresa” vai funcionar vai estar fortemente relacionado com a apreciação geral de tudo o resto. Porque com essa descoberta vem uma mensagem, que o filme tenta transmitir de forma bastante óbvia, que tem uma força diferente nesta altura do ano do que teria quando o filme fosse lançado originalmente.
           Porque, honestamente, como um filme de horror, não é nada de especial. É verdade que tem sempre uma atmosfera tensa, que nos faz estar sempre em alerta mas, no final, acaba por não conseguir surpreender muito. Mas há duas coisas que estão fenomenais: Janelle Monáe com uma incrível interpretação e uma banda-sonora muito boa que não nos deixa distrair.
          “Antebellum - A Escolhida” não foi a bomba com que estava a contar mas, mesmo assim, é uma boa estreia para este mês.