05/10/2020

Enola Holmes (2020)

     
         Até ao ano de 2020 a personagem de Sir Arthur Conan Doyle, Sherlock Holmes, já teve a sua boa dose de adaptações, sempre com qualidade variável. Por isso, desta vez, é-nos apresentada uma personagem nova, Enola Holmes, a irmã mais nova do famoso detetive, criada por Nancy Springer.
          Enola Holmes viveu durante 16 anos apenas com a sua mãe, que um dia desaparece inesperadamente, deixando a sua filha para trás. Enola sente que a tem que encontrar e, ao mesmo tempo, tem que fugir dos seus dois irmãos mais velhos (Mycroft e Sherlock) e ainda desvendar uma conspiração envolvendo um jovem Lorde.
          Enola acabou por, em grande parte, mostrar outro lado de Millie Bobby Brown, já que tanto em “Stranger Things” como “Godzilla 2 - Rei dos Monstros” está dentro do mesmo tom desanimado. Mas, desta vez, com uma personagem totalmente diferente, vemos que a atriz consegue também consegue uma boa interpretação em cenários mais ligeiros, com comédia, ação e grandes diálogos à mistura.
          Os dois irmãos Holmes também estão bem representados: Henry Cavill assenta bem nesta versão Sherlock, um pouco mais emocional do que aquilo a que é habitual, e Sam Claflin consegue trazer um Mycroft verdadeiramente detestável. Louis Partridge como o jovem lorde Tewkesbury também faz um bom trabalho mas é, geralmente, nos momentos de tensão amorosa com a protagonista que o filme perde mais o interesse.
          O mistério é interessante e é “merecedor” em ser desvendado por um Holmes e, num momento em que parecia que a solução ia ser óbvia, consegue dar uma boa reviravolta.
          “Enola Holmes” é mais um filme interessante no catálogo da Netflix e que pode facilmente dar origem a um franchise.

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