10/04/2020

Vive (Breathe - 2017)

Na sua estreia na cadeira de realizador, Andy Serkis decide enveredar pela história da vida de Robin Cavendish e, sinceramente, não foi uma escolha propriamente interessante. Estando na vanguarda dos efeitos da captura de movimentos, estava à espera que Serkis fizesse algo que impressionasse. Não que um filme biográfico não tenha o seu interesse mas não é tão apelativo e não tira tanto partido dos efeitos de CGI.
Aqui seguimos a vida e relação entre Robin e Diana Cavendish, que nunca desistiram da vida, mesmo após a poliomielite ter paralisado Robin do pescoço para baixo.
Tudo de bom que o filme “Vive” tem deve-se ao casting. Se não fosse Andrew Garfield e Claire Foy, estavamos perante uma coisa completamente sem sabor. Todas as notas que se têm de bater neste género acontecem de forma previsível - é o que se está à espera quando se vai ver um filme biográfico. Porém, a história peca pelo o modo de execução, tudo que se passa é muito aborrecido. Não há dinamismo nas cenas e tudo se passa com relativa monotonia.
É mesmo só com as interpretações e interações entre Garfield e Foy que o filme se safa. O romance entre os dois e a forma como se unem para conseguir superar as dificuldades é o pouco de positivo que se retém de toda esta experiência. O elenco secundário, composto por Tom Hollander, Hugh Bonneville, Ed Speleers, entre outros, dá umas boas achegas ao par principal. 
Se estão à espera de um filme biográfico com grandes doses de emoção, são capazes de ficar desapontados mas, se preferirem uma história de amor envolta no combate à adversidade, aí “Vive” é o filme escolhido.

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