04/04/2020

O Homem Invisível (The Invisible Man - 2020)

          O horror este ano não tem corrido da melhor maneira. “The Grudge: Maldição” foi razoável mas depois “Calafrio”, “A Ilha da Fantasia” e “The Boy – A Maldição de Brahms” foram um grande tiro no pé, com vários graus de gravidade. Mas Leigh Whannell veio-nos dar uma ajuda, ao trazer um dos melhores filmes deste início de ano.
Depois do abusivo ex-namorado de Cecília morrer e lhe deixar toda a fortuna, ela começa a suspeitar que tudo não passou de uma encenação. Principalmente quando começam a acontecer uma série de acidentes que se provam letais.   
Uma das melhores coisas do filme foi a forma como retratou o trauma pelo qual a protagonista passou, mesmo quando o motivo do seu trauma já não é, aparentemente, um problema. Com receio de tudo e de todos - e só muito lentamente - é que consegue voltar a um sentido de normalidade. Mas, depois também serve como motivo para ninguém acreditar nela quando acha que está a ser perseguida pelo seu, supostamente, falecido ex-namorado.
Este filme é muito semelhante a “Atividade Paranormal” no sentido em que, muitas vezes, estamos à espera que aconteça algo do nada. Afinal de contas, estamos a falar de uma entidade invisível que atormenta a protagonista. Só que, aqui, todo o suspense é tratado de forma muito mais eficaz. Pois, de facto, coisas acontecem e têm bem mais impacto. 
E muito dessa emoção deve-se ao incrível trabalho de interpretação de Elisabeth Moss, que nos consegue transportar mesmo para a perspetiva de uma vítima de abusos, que depois tem que se erguer para conseguir sair desta situação. 
Aqui temos mais uma prova que é possível fazer um grande filme de terror sem ter de gastar rios de dinheiro e que tem uns efeitos muito bem conseguidos.

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