John
Krasinski tenta aqui ser o Jordan Peele deste ano, ao nos entregar um filme de
terror de grande qualidade que nos surpreende a todos. Além disso, salta para o
papel de protagonista e junta-se à sua esposa da vida real, Emily Blunt, para
se imergirem neste futuro apocalíptico.
Uma família
- e o resto do mundo, ou, pelo menos, o que sobra dele - é obrigado a viver a
silêncio para não serem o alvo de monstros que caçam com a super audição.
Já
imaginaram não poderem fazer um único barulho, caso contrário podiam morrer? Só
o pensamento disso é assustador, fazemos sempre algum barulho, quer queiramos
quer não, por isso, esta é logo uma tarefa herculeana. E o filme consegue
tratar bem essa situação, já que o único caminho seguro por onde a família pode
andar está coberta de areia, apenas comunicam entre si por linguagem gestual e
têm um sistema de aviso baseado em luzes.
Mas onde o
filme brilha é nas suas personagens, principalmente no chefe de família. Ver
aquilo a que o pai está disposto para a segurança da sua família, ao mesmo
tempo que tenta solucionar a surdez da filha, é muito envolvente e bem
conseguido. Além disso, as relações de todos os elementos, que têm de se
habituar a esta nova realidade, estão muito bem retratadas. Adicionalmente, o
fim deixou-me extremamente satisfeito.
Para um
filme de baixo orçamento, a qualidade do design das criaturas foi algo que me
surpreendeu! Aliás, até estava à espera que só se vissem em movimento rápidos.
Só que, por incrível que pareça, estavam muito bem caracterizadas e o seu
método de deteção de som foi muito bem exemplificado.
“Um Lugar Silencioso” é um grande filme de
terror que merece ser apreciado nas salas de cinema.
Sem comentários:
Enviar um comentário