Nesta corrida aos Óscares, “Um
Desastre de Artista” parece já ter ganho a sua quota parte de prémios. E,
sinceramente, não estou bem a ver o porquê. Ver como um dos piores filmes já
feitos (“The Room”) teve a sua origem pode parece interessante - nem que seja
para ver a personagem de Tommy Wiseau - mas, a mim, não me convenceu.
O aspirante a ator Greg Sestero conhece Tommy Wiseau numa aula de
representação, originando uma amizade que os vai levar para Hollywood na busca
dos seus sonhos.
Se calhar tinha de ver “The Room” para conseguir apreciar
melhor este filme, mas o tempo já está curto para filmes bons, por isso ver um
que é universalmente considerado como o pior não está na minha lista de
prioridades. E acredito que muitos vão estar no mesmo barco quando forem ver
“Um desastre de Artista”... Agora, se vai conseguir criar uma ligação com o
público, isso já não sei.
Se tirarmos isso, nada aqui é por aí além. Está bem
executado e interessante mas não é algo que mereça todo este alarido. James
Franco faz um grande papel, consegue transmitir o quão caricato e estranho é a
pessoa de Tommy Wiseau mas sem nunca atingir o insulto. Quem é Wiseau? De onde
veio? Que idade tem? De onde vem o seu dinheiro? Não ficamos a saber as
respostas mas mesmo assim é interessante especular. O seu irmão Dave Franco faz
de Greg Sestero e é quem nós seguimos durante
quase todo o tempo. Este deve ser o melhor papel onde vi o ator.
E sendo que, aqui, o principal
objetivo seja a comédia, ela não é assim muita. Existem alguns bons momentos
mas penso que não foram nem em quantidade nem em qualidade suficientes. Mas, como
tema recorrente neste texto, é possível que quem tenha visto “The Room” possa
tirar mais proveito a esta experiência. Aliás, para mim, um dos grandes
momentos é no fim quando mostra lado a lado as cenas originais com as
recreadas.
James Franco faz um bom trabalho como
o realizador e protagonista mas “Um Desastre de artista” não passa de um filme
razoável.
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