Desde o
primeiro trailer que este “O Fundador” parecia um filme interessante e com
calibre para entrar na cerimónia dos Óscares. Afinal, estamos a falar de um
filme quase biográfico (o nascimento e expansão da cadeia de restaurantes McDonald’s)
e tem como protagonista Michael Keaton que, nos últimos anos, teve um regresso
em grande.
Ray
Kroc é um vendedor não muito bem-sucedido mas, quando se depara com o
restaurante dos irmãos McDonald e o seu método de servir hambúrgueres bons
rapidamente, marca o início de um grande império.
O
grande problema deste filme é que, simplesmente, não consegue ser muito
cativante. O ritmo é inconsistente e segue as batidas a que se está habituado a
ver neste género de filmes. É uma história com potencial, bem pelo menos para
mim, e embora se saiba muito sobre a história da companhia, o modo como a
transmite não é empolgante nem nos deixa com vontade de saber mais. Ao menos,
deu vontade de ir comer um hambúrguer no fim.
Michael
Keaton interpreta o protagonista Ray Kroc e, embora seja uma boa interpretação,
a personagem não parece ter sido escrita da melhor forma. Não é alguém que nos
dê muita vontade de torcer e, mesmo que seja a pessoa real tenha, de facto,
sido assim, a escrita podia ter trazido mais empatia. John Carroll Lynch e Nick
Offerman fazem as vezes dos irmãos McDonald e de forma competente. De resto,
temos várias personagens que fazem bem o seu trabalho mas não se conseguem
destacar.
É claro
o porquê do filme não ter tido nenhuma atenção na altura de entregar os prémios
mas, mesmo assim, “O Fundador” é apto que chegue para quem quiser saber a
história da cadeia de fast-food mais conhecida do mundo.
Sem comentários:
Enviar um comentário