14/12/2021

Cruella (2021)

          “Cruella” é a mais recente entrada no género “filmes baseados em vilões”, tal como “Maléfica” e “Joker”. O problema é que, na maioria dos casos, os filmes tendem a ser mais para o fraco.. E os trailers também não são propriamente interessantes, transmitindo a ideia que Cruella está no mesmo nível de loucura que Harley Quinn. Por outro lado, temos Emma Stone e Emma Thompson a protagonizar e Craig Gillespie (que realizou “Eu, Tonya”), por isso até podemos estar perante um bom filme.
          Aqui vamos descobrir as origens da vilã de “101 Dálmatas”, desde a sua infância até o seu grande confronto com a Duquesa, a maior estilista de Londres.
          Sinceramente, estava à espera que este filme fosse uma desgraça completa mas felizmente não foi isso que se verificou. É perfeito ou chega lá perto? Nem por isso, mas mesmo assim não deixa de ser um filme muito competente. E isso porque consegue , de uma maneira muito bem conseguida, conjugar vários elementos. O guarda-roupa é explosivo e exuberante, tem uma banda-sonora vibrante e cativante e tem duas grandes prestações nas duas protagonistas.
          Porém há uma mentira neste filme. Pois a Cruella que é aqui apresentada não tem semelhanças nenhumas com aquela que vemos nas animações. Este é basicamente um filme sobre moda, centrada na rivalidade entre uma estabelecida estilista e uma novata com muito talento. Não que isso torne o filme mau, pelo contrário, visto que o achei interessante, mas penso que é um grande esticão imaginar como a personagem fica no final do filme e depois como fica no filme de 1961.
          Estava preocupado que a “loucura” da protagonista fosse algo demasiado exagerado e que fosse distrair do filme, mas felizmente isso não acontece. Emma Stone consegue uma grande interpretação, não das suas melhores, mas mesmo assim consegue fazer-nos ligar à personagem e nos preocuparmos com aquilo que lhe acontece.
          Por falar nisso, o argumento acaba por ser o grande ponto fraco do filme. Não é muito difícil de saber o desenrolar dos acontecimentos desde o início. E é capaz de não lidar com doenças mentais da melhor maneira.
          “Cruella” é um bom filme, mas não parece de todo relacionada com a vilã do clássico da Disney. Pode ser que a sequela já anunciada trate disso.

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