11 anos e 22 filmes depois, chegamos ao final da primeira e incrível
novela cinematográfica que a Marvel conseguiu criar. Mais que nunca, a pressão
está nos irmãos Russo e em Kevin Feige para que esta conclusão seja em grande.
Será que temos um filme merecedor de ser a sequela de “Guerra Infinita”?
Depois da devastação que Thanos causou em todo o universo, os
Vingadores sobreviventes tentam recompor-se e achar uma solução para reverter
todo o mal criado.
Vou dizer já. O filme foi das melhores experiências que já passei no
cinema! Todo o investimento que uma pessoa criou desde 2008 é totalmente
recompensado aqui. É verdade que tem alguns problemas na história mas, mesmo
assim, não deixa de ser formidável. Agora vai o aviso, que a partir de agora
vão aparecer spoilers, por isso, ficam por vossa conta e risco.
Se há filme que merece as suas 3h de duração é este. Praticamente todos
os super-heróis e outros membros que tiveram num filme da Marvel tiveram
direito a uma participação, desde Natalie Portman até ao jovem Ty Simpkins (que
entrou em “Homem de Ferro 3”). Muitas coisas que se especularam estavam
corretas: depois de descobrir que as pedras do infinito tinham sido destruídas,
os protagonistas tiveram que voltar atrás no tempo para as ir buscar no
passado. Eu estava à espera que a história entrasse numa trapalhada a partir
daí mas felizmente não acontece isso.
E aquela última hora?! Quando temos o confronto com a enorme lista de
heróis contra o enorme exército de Thanos é capaz de ser das melhores
batalhas/momentos no cinema. Claro que isto vem com um ressalva, é preciso ter
visto e apreciado todos os filmes que estão para trás. Porque, tal como no
anterior, quem for ver “Endgame” do nada (sei lá, se calhar porque era a única
coisa no cinema), irá sentir-se um pouco perdido.
Este é capaz de ser aquele com as melhores interpretações. A maneira
como tudo começou, com o desaparecimento da família de Clint, serviu como uma
grande entrada, tanto para a alteração da personagem como para a primeira parte
do filme. A piada de Thor estar gordo pode ter parecido forçada e sem sentido
mas tem a sua lógica desde o início do filme, já que ele se considera como o
responsável por não ter impedido Thanos de estalar os dedos: a partir daí sente
que já não tem nada e que falhou com o universo e Chris Hemsworth conseguiu
transmitir isso no ecrã. Aquele com que me sinto mais conflituoso é com Bruce
Banner e o modo Professor Hulk. Parece algo um pouco saído do nada e fez com
que não tivéssemos um grande Hulk para a batalha final. Scarlett Johansson foi
das que teve um maior desenvolvimento da sua personagem e, embora eu esteja
algo conflituoso com a sua morte tanto na execução como no motivo, a sua
interpretação esteve impecável. Tanto Robert Downey Jr. como Chris Evans f
tiveram o melhor arco, tanto na maneira como se portaram durante os cinco anos
da devastação, tal como na maneira como se despediram do Universo
Cinematográfico da Marvel, embora também seja difícil bater “I`m Iron Man”.
Podia estar a escrever uma tese sobre o filme… E, mesmo com os seus
defeitos, “Vingadores - Endgame” foi um grande filme com que fechar a saga do
infinito.
Também adorei o filme, 5* igualmente. Tive pena que a Katherine Langford não tivesse aparecido, tal como era previsto. Outra coisa tinha lido que o estado do Thor era alusão a depressão, mas eu vejo mais desleixo e preguiça.
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