
Um pai
divorciado e o seu irmão, acabado de sair da prisão, planeiam um esquema de
roubar uma série de bancos, como forma de assegurar o futuro da sua família.
Se uma
coisa que salvou o filme foi ver outro lado de Chris Pine. O ator costuma
aparecer mais em grandes filmes de ação, como “Star Trek” ou “Jack Ryan”, e,
vê-lo nesta posição mais contida e com semblante mais sério, é uma boa mudança
e prova as capacidades do ator. Ver Ben Foster num papel de maior protagonismo
é sempre de valor, já que estamos perante um grande ator, que muitas vezes é relegado
como personagem secundária. Jeff Bridges faz aquele papel de velho rezingão que
faz tão bem, aliás como poucos o conseguem fazer mas, daí a ter sido nomeado
para melhor ator secundário, acho que já foi um pouco exagerado.
Destaca-se por ser um filme que
reflete a crise económica num ambiente americano diferente, não nas grandes
cidades mas sim em terras mais longínquas e perdidas. Onde o desemprego abunda
e tenta-se fazer o que se pode para sobreviver. E, para nos mergulhar-mos
verdadeiramente neste ambiente, temos uma ótima banda-sonora.
Também nos é proposto um conflito
sobre por quem devemos torcer: pelas figuras da autoridade que querem parar
estes assaltos ou pelos assaltantes que, embora estejam a fazer o que podem
para assegurar o futuro, recorrem a meios ilegais.
Atenção que não é um filme a
fervilhar de ação. Temos os assaltos aos bancos e uma cena de tiroteio que,
mesmo estando bem executados, não chegam para termos um verdadeiro filme de
ação. É verdade que é propositado, pois este é um filme de maior reflexão, mas
mesmo assim tem alguns momentos que são aborrecidos.
“Hell or High Water - Custe o que
Custar!” tem muita coisa boa e é um verdadeiro western moderno mas não deixa
também de ter a sua dose de defeitos.
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